Com o final do prazo da primeira sessão desta manhã, uma nova sessão da Câmara foi iniciada às 13h55, para analisar o caso Temer.

Pela lógica, o processo de obstrução deverá ser vencido novamente pela situação, situação que não impede que os deputados continuem marcando presença até que seja possível novamente retomar o processo de discussão e votação.

Até que 257 deputados registrem presença, a análise da denúncia não será retomada.

Apenas com 342 deputados presentes poderá ser iniciada a votação do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) contrário à autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra processo contra o presidente da República, Michel Temer, por crime de corrupção passiva (SIP 1/17).

A Ordem do Dia deve ter início com encaminhamentos e orientações para requerimentos de retirada da denúncia da pauta.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já havia feito a votação dos requerimentos, mas decidiu refazer, atendendo a pedidos da oposição, e concedendo aos partidos o direito de se manifestar sobre o adiamento da votação.

Após o encerramento da primeira sessão destinada a analisar a denúncia contra o presidente Temer, deputados da oposição comemoraram o término sem votação do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) pela rejeição do pedido de abertura de processo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em desfavor do presidente por crime de corrupção passiva.

A expectativa dos oposicionistas é transferir a votação para a noite desta quarta ou até mesmo para a próxima semana, a fim de ganhar tempo. “Vamos empurrar para a noite.

Queremos que o Brasil veja o que está acontecendo”, afirmou o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ).

Na avaliação do parlamentar, a oposição se comportou bem na sessão da manhã ao não registrar presença (com a exceção de alguns deputados para assegurar prerrogativas regimentais).

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) acredita que o governo terá menos quórum na sessão da tarde, que já foi aberta.

São necessários 342 deputados registrados no painel do Plenário para iniciar a votação do parecer.

Para derrubar o parecer da CCJ, o mesmo número de 342 deputados precisa votar contra o texto.

Nesse caso, o Supremo fica autorizado a analisar a denúncia. “Agora é um novo jogo.

Quem deu presença de manhã não deve dar à tarde”, declarou Fontana. “Hoje temos maioria, mas não temos 342 votos, embora 90% do povo brasileiro querem que Temer saia do poder.” Já Beto Mansur acredita que o governo deve atingir o quórum de votação rapidamente O deputado Beto Mansur (PRB-SP), vice-líder do governo, crê que o Planalto tem chances de atingir rapidamente o quórum, tal como ocorreu pela manhã. “Chegamos a 400 parlamentares presentes.

A oposição vai tentar obstruir, porém a gente quer concluir hoje”, afirmou.

Segundo Mansur, o arquivamento do processo contra Temer vai dar a sinalização para que o Brasil avance nas reformas necessárias. “No meu levantamento, temos por volta de 300 votos favoráveis ao encerramento da discussão.”