Após condenar o ex-presidente Lula (PT) pelo caso do triplex, o juiz Sérgio Moro aceitou nesta terça-feira (1º) mais uma denúncia contra o petista, que agora é réu também pelo caso do sítio em Atibaia, novamente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O Ministério Público Federal (MPF) acusou Lula de receber vantagem indevida da Odebrecht - R$ 700 mil - e da OAS - R$ 170 mil - através de reformas na propriedade, em São Paulo.

O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, teria pago R$ 150.500.

Entre os contratos que teriam sido alvos de “acertos de corrupção” está um para a Refinaria Abreu e Lima.

Além dele, a investigação apontou que teria havido corrupção no caso da Odebrecht com o Complexto Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), através dos consórcios Pipe-Rack e TUC.

No caso da OAS, estariam na construção do gasoduto Pilar-Ipojuca, entre Alagoas e Pernambuco; do GLP Duto Urucu-Coari, no Amazonas; e na ampliação do Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello).

Segundo o MPF, a propina seria de 1% a 3% do valor total do contrato. “Apesar do sítio ter por proprietários as referidas pessoas (Jonas Leite Suassuna Filho e Fernando Bittar), foi constatado, segundo a denúncia, ser ele ocupado com frequência pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por sua família.

Afirma o MPF que o Sítio de Atibaia seria, de fato, de propriedade do ex-presidente.

O Sítio em Atibaia passou a sofrer reformas significativas ainda em 2010, ou seja, durante o mandato presidencial e que prosseguiram até meados de 2014”, diz a decisão de Moro. “O Sítio em Atibaia passou a sofrer reformas significativas ainda em 2010, ou seja, durante o mandato presidencial e que prosseguiram até meados de 2014.

Além de Lula, viraram réus: Marcelo Bahia Odebrecht, Emílio Alves Odebrecht, Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Carlos Armando Guedes Paschoal, Emyr Diniz Costa Júnior, José Adelmário Pinheiro Filho, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Valente Gordilho, José Carlos Costa Marques Bumlai, Fernando Bittar, Roberto Teixeira e Rogério Aurélio Pimentel.

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