Estadão Conteúdo - Às vésperas da votação na Câmara, o presidente Michel Temer mantém sua rotina quase que diária de encontros com aliados para derrubar a denúncia de corrupção passiva contra ele.
Neste domingo, 30, Temer deve reunir ministros e deputados de sua base de apoio para tratar dos acertos finais na estratégia adotada para engavetar o processo.
O encontro deve ocorrer no Palácio do Jaburu, no fim do dia, depois que Temer retornar de uma visita ao Rio de Janeiro para acompanhar o trabalho das Forças Armadas no Estado.
Na reunião de hoje, o governo deve fazer um balanço dos votos e traçar novas ações para ampliar o número de deputados contrários à denúncia.
Nos últimos meses, Temer tem se dedicado a atrair aliados e a convencer indecisos a ficarem de seu lado.
Ele só precisa de 172 votos para descartar a denúncia.
Como o jornal O Estado de S.
Paulo mostra na edição deste domingo, nessa corrida, Temer já recebeu 160 deputados e senadores e liberou R$ 4,1 bilhões em emendas parlamentares.
Apesar de afirmar que já tem os votos necessários a favor de Temer, a estratégia do Palácio do Planalto ainda inclui exonerar todos os ministros com mandato de deputado federal para que retornem à Câmara e votem pelo arquivamento da denúncia.
Ao todo, 12 ministros poderão se licenciar dos cargos para ajudar Temer na votação.
Desde que a crise política eclodiu com a gravação de Joesley Batista, Temer tem feito encontros aos domingos para articular as estratégias da semana.
Apesar de interlocutores do presidente afirmarem que a preocupação em derrubar a denuncia não é do governo, que segue trabalhando, o presidente Michel Temer reitera sempre aos auxiliares que quer “tirar logo essa pauta do caminho”.
Participaram do encontro os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil), Raul Jungmann (Defesa) e alguns parlamentares como André Moura, Darcisio Perondi e Beto Mansur.