O presidente Michel Temer (PMDB) tem defendido que seja convocada uma nova sessão parlamentar na segunda semana de agosto, caso não haja quórum para votar a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra ele no dia 2.

De acordo com o jornal Folha de S.

Paulo, a tendência mais forte é de que partidos de oposição façam obstrução, o que inviabilizaria uma votação, já que o Palácio do Planalto reconhece que não conta com 342 parlamentares governistas.

Ainda de acordo com a apuração do jornal, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-EJ), responsável por comandar o processo de votação, já deu sinais ao peemedebista de que quer finalizar o assunto o mais rápido possível.

Nessa quinta-feira (27), o presidente promoveu um jantar com ministros e parlamentares no Palácio Jaburu, onde foi discutida a estratégia para a sessão da próxima quarta-feira (2).Se antes Temer avaliava que era preferível postegar a votação, agora o peemedebista considera que um adiantamento poderia ser prejudicial.

A avaliação é de que enquanto a denúncia ficar em banho-maria, não será possível votar nenhuma reforma do governo, que são consideradas essenciais pelo presidente para recuperar apoio ao mercado financeiro.

Pelas contas do Planalto, Michel Temer conta hoje com apoio para barrar a denúncia por corrupção passiva em plenário.

Pelo último cálculo, o governo teria o apoio de 257 deputados.