O líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), reagiu duramente ao anúncio do Governo Federal de corte de 30% do orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Para o senador, a ação afetará diretamente uma série de projetos estratégicos da região Nordeste, onde se concentra o maior número de obras do programa.

Programas sociais têm cortes de até 87% com Dilma - Jornal O Globo Em fevereiro de 2016, o governo Dilma anunciou um corte de R$ 23,4 bilhões no Orçamento de 2016, em meio a dúvidas sobre a possibilidade de cumprir a meta fiscal do ano. “Este corte é mais um ataque claro e cruel ao Nordeste, região que havia sido priorizada nos governos de Lula e Dilma e que cresceu como nunca nos governos do PT.

Temer e seus aliados do PSDB e do DEM veem o Nordeste como problema e não como a solução.

E o pior de tudo é ver que Pernambuco tem quatro ministros nesta administração nefasta, que assistem a tudo isso de camarote e aceitam o desmonte de tantos projetos importantes para a nossa região sem dar uma palavra contra”, disse Humberto. “Eles são coniventes com essa conduta criminosa de Temer, que tem aqui na região uma rejeição de quase 100%.” Ao todo, serão contingenciados R$ 7,47 bilhões do PAC.

De uma previsão inicial de quase R$ 37 bilhões em despesas, o programa tem garantido pouco menos de R$ 20 bilhões para este ano.

Além disso, o governo Temer vai cortar R$ 426 milhões em emendas propostas individualmente por parlamentares e R$ 214 milhões em projetos coletivos, de bancadas. “Enquanto libera recursos para os seus aliados e compra descaradamente votos contra a denúncia que pesa sobre ele, Temer anuncia cortes violentos contra o povo.

Há um claro objetivo político nisso”, alertou o senador. “Os cortes também mostram o fracasso da política econômica do governo de Michel Temer.

Neste desgoverno, o desemprego aumentou, a economia piorou e as contas públicas não fecham, mesmo com todo o discurso de austeridade fiscal apregoado desde o início.

Está claro que esse projeto econômico naufragou”, avaliou o senador.