Agência Brasil - O Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro ajuizou uma ação civil pública (ACP) com pedido de ressarcimento de danos financeiros causados à Previdência Complementar dos Funcionários da Cedae (Prece) por operações fraudulentas na bolsa de valores BM&F.
Segundo o MP, o esquema envolvia diretores da Prece, o ex-deputado Eduardo Cunha, o doleiro Lucio Bolonha Funaro.
As perdas foram calculadas em R$ 39 milhões aos fundos exclusivos da previdência dos funcionários e R$ 2 milhões à carteira própria da Prece, segundo inquérito administrativo instaurado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Ao todo, 12 acusados vão responder por ato de improbidade administrativa pelas fraudes.
LEIA TAMBÉM » Filha de Eduardo Cunha pode se candidatar em 2018, diz revista » Cunha não se desviou do ‘caminho da ilicitude’, diz Janot ao defender prisão » Justiça nega pedido de Eduardo Cunha para suspender divulgação de livro » Moro compara Lula a Eduardo Cunha e nega contradição De acordo com a ação, que foi ajuizada na terça-feira (25), a previdência da Cedae era usada como uma espécie de “seguro” para as aplicações.
Os rendimentos financeiros dos negócios que geravam lucro eram divididos entre o grupo de 12 pessoas, incluindo diretores da Prece, além de Cunha e Funaro, apontado como operador de Cunha em esquemas de corrupção, segundo o MP.
Quando os investimentos geravam prejuízo, eram atribuídos exclusivamente à Prece, que ficava com as perdas.
O esquema funcionou entre novembro de 2003 e março de 2006.
O advogado Délio Lins, que defende Cunha, informou que ainda não teve acesso à ação e que, por isso, não poderia se pronunciar.
A defesa de Funaro também foi procurada, mas até a publicação desta matéria ainda não havia se manifestado.