O publicitário pernambucano André Gustavo Vieira da Silva é suspeito de ser responsável pelo pagamento da propina de R$ 3 milhões para o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine, preso na 42ª fase da Operação Lava Jato, nesta quinta-feira (27), de acordo com a Polícia Federal.
Além de Bendine, o publicitário e o irmão, Antônio Carlos Vieira da Silva Junior, foram presos na manhã desta quinta.
Segundo a PF, André Gustavo fez o pagamento do valor em três parcelas em São Paulo, no apartamento de seu irmão, também publicitário.
O Ministério Público Federal (MPF) informou que os irmãos Vieira trabalharam em campanhas políticas em Portugal, nos anos de 2011 e 2015.
André Gustavo foi preso ainda no aeroporto, antes de embarcar para Brasília.
Já seu seu irmão Antônio Carlos, foi preso em sua residência, no Recife.
Eles vão embarcar para Curitiba às 19h, juntamente com todos os materiais coletados pela PF.
Ainda de acordo com a polícia, o valor pago através da propina ainda não foi recuperado e não foi apontado o destino do dinheiro.
Os representantes do MPF informaram na coletiva que suspeitaram da operação ilegal dos publicitários quando fizeram o recolhimento de impostos de um suposto serviço de consultoria apenas em 2017, já que, segundo o MPF, a suposta propina foi paga em 2015.
Durante as investigações, a PF percebeu que eles tentaram destruir provas dos pagamentos de propina.
A polícia ainda explicou que as negociações foram feitas por um aplicativo de celular e que eles tentaram apagar as mensagens.
No entanto, conseguiram recuperar através da número do celular.