O ex-presidente da Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine já tinha passagem comprada para Itália só de ida, segundo informações da Polícia Federal em coletiva.

O juiz federal Sérgio Moro ressaltou que os mandados deveriam ser cumpridos antes do dia 28 de julho de 2017.

A informação é de que as investigações contaram com a delação premiada de Marcelo Odebrecht, todas baseadas com provas.

De acordo com a PF, encontros em restaurantes, hotéis e mensagens de celulares que foram destruídas pelos suspeitos.

As mensagens apontavam sobre os encontros. “Ministério Público teve todo cuidado de corroborar todas as provas no âmbito da delação premiada”, informou a PF na coletiva.

Ainda sobre a viagem de Bendine, a Polícia Federal garantiu que não houve vazamento sobre a investigação, uma vez que ela já havia se tornado pública e só após ocorreu a compra da passagem.

O ex-presidente da estatal tem cidadania italiana.

Bendine foi preso na manhã desta quinta-feira (27), na cidade de Sororcaba, São paulo, pela 42ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Cobra.

Ele é suspeito de ter recebido propina da Odebrecht no Banco do Brasil e na Petrobras.

Operação Cobra Benedine e pessoas ligadas a ele teriam pedido vantagens relacionadas a seus cargos para que o Grupo Odebrecht não viesse a ser prejudicado em futuras contratações da Petrobras.

Ao menos R$ 3 milhões teriam sido pagos em propina e esse pagamento teria sido interrompido com a prisão do ex-executivo Marcelo Odebrecht.

Além do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, também foram presos no Recife dois irmãos publicitários.

André Gustavo Vieira da Silva e o irmão dele, Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior, são ligas à empresa Arcos Comunicação.

André Gustavo foi preso ainda no aeroporto quando viajava para Brasília.

Já seu seu irmão Antônio Caros, foi preso em sua residência, no Recife.

Os dois fazem parte dos três mandados de prisão temporária.

Eles irão embarcar para Curitiba às 19h, juntamente com todos os materiais coletado pela PF.

A defesa dos irmãos Vieira informou que vai procurar ter acesso a decisão e que eles já tinham conhecimento dos fatos e que, inclusive, já haviam respondido as petições do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin.

Segundo o advogado dos irmãos, Ademar Rodrigues, a medida foi radical já que o inquérito está em andamento no Supremo.

A PF informou que estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária.

Desse número, quatro também ocorrem em Pernambuco, três no Recife e um em Ipojuca.

Além de Pernambuco, mais três Estados estão na mira da Polícia Federal: Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal.

Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.