Condenado na Operação Lava Jato e no mensalão, o ex-deputado pernambucano Pedro Corrêa (PP) pode ter sua delação homologada em breve pelo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin.

Corrêa espera que depois que seu depoimento for homologado ele passe a ter direito a benefícios como permanecer preso em regime semiaberto ou prisão domiciliar.

O ex-parlamentar é um das testemunhas de acusação do ex-presidente Lula (PT) na ação em que o petista é acusado de liderar um esquema de propinas pagas pela Odebrecht que teria chegado a R$ 75 milhões em oito contratos com a Petrobras.

LEIA TAMBÉM » Veja os vídeos do depoimento de Pedro Corrêa a Moro » Pedro Corrêa rebate Lula e exibe fotos com o ex-presidente a Moro » Pedro Corrêa diz que bancada de deputados escolheu operadores de propinas No ano passado, o então relator da Lava Jato, Teori Zavascki, morto em janeiro deste ano em um acidente aéreo, havia rejeitado o homologação da delação de Corrêa.

Ele considerou que a delação era demasiadamente ampla e sem provas para tudo que foi narrado pelo ex-deputado.

Na ocasião, Zavascki devolveu o material ao Ministério Público. » Justiça bloqueia bens do PP e de políticos do partido, incluindo Pedro Corrêa » Lava Jato: MPF propõe ação de improbidade contra o PP, Pedro Corrêa e mais nove políticos Caso ocorra a homologação, ela será mais um problema para Lula que quer se lançar nas eleições presidenciais de 2018.

O depoimento do delator poderá ser usado nos processos em que o líder petista responde na Justiça.