Após mais de 24 horas de ocupação, os professores que estavam na recepção do nono andar da Prefeitura do Recife, onde fica o gabinete de Geraldo Julio (PSB), deixaram o prédio.

O fim do protesto foi por volta das 16h15 desta terça-feira (25), após uma reunião de uma comissão formada por três manifestantes com o secretário de Governo e Participação Social, Sileno Guedes, e o chefe de gabinete, Marconi Muzzio.

A Justiça havia expedido uma ordem de reintegração de posse, que não foi usada.

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O mesmo foi feito em um encontro com servidores municipais na última quinta-feira (20), quando eles decidiram entrar em greve a partir desta quinta (27) também por aumento de salários.

No dia em que deve começar a paralisação dos servidores - que não inclui os professores - haverá outro encontro.

Além dele, um que seria na manhã desta terça-feira foi adiado para a próxima segunda-feira (31) por causa da ocupação.

Reivindicação A presidente do Simpere, Simone Fontana, candidata adversária de Geraldo Julio no ano passado pelo PSTU, afirmou que a base aliada do prefeito prometeu aos professores que o reajuste deles seria discutido junto ao dos outros servidores este mês.

A garantia teria sido em meio aos protestos dos professores na Câmara do Recife, no início do mês, contra o projeto de lei do Executivo que reajustou o valor pago pela hora-aula de apenas a três das 12 categorias desses servidores, o que equivale a 85 profissionais. “Não que a gente esperasse coisa boa desse prefeito, mas eles criaram uma expectativa”, disse Fontana.

Em nota no início da ocupação, haviam sido apresentados “dados e números que mostram a situação financeira do município, inserido na grave crise econômica que afeta o Brasil, há três anos, a maior de toda a história do país”. “A gestão municipal reforça seu compromisso com os servidores municipais e com o diálogo enquanto forma de buscar avanços para as diversas categorias.

A PCR destaca ainda que, mesmo diante da atual crise econômica, Recife cumpre, com muito esforço, todos os compromissos com os seus servidores pagando as folhas salariais dentro do mês trabalhado”, diz ainda o texto.