A dez dias da sessão para quando está marcada a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva, o deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE) voltou a defender que a Câmara aprove a abertura da investigação.

São necessários 342 votos, ou seja, dois terços da Casa, para que o Supremo Tribunal Federal (STF) seja autorizado a apurar a acusação contra o peemedebista.

Durante o fim de semana, o socialista esteve em três municípios do Sertão. “Em todos os contatos que fiz ficou evidente o clamor popular para que o parlamento brasileiro não blinde o presidente da República”, disse. “Se qualquer cidadão, qualquer servidor, tem o dever de agir com ética, ao presidente da República cumpre um dever muito maior, porque deveria ser exemplar.” LEIA TAMBÉM » OAB pode apresentar novo pedido de impeachment contra Temer » Deputado “dos confetes” admite que pede verba e cargos a Temer » Saiba como votaram os deputados em parecer contra denúncia de Temer » Mais uma vez sem quórum, Câmara adia leitura do parecer sobre Temer Para Alencar, a pressão popular para que a investigação da denúncia contra Temer seja aceita deve se intensificar nos últimos dias antes da votação.

O deputado prevê que os outros parlamentares que estão usando o recesso para visitar as bases eleitorais estão percebendo o movimento e que isso pode contribuir para aumentar o placar contra o peemedebista.

Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da qual Tadeu Alencar é titular, o relatório de Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que recomendava a investigação contra o presidente, foi derrubado por 40 a 25 após o governo articular trocas no colegiado.

Em seguida, foi apresentado o parecer de Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), contrário à denúncia, aprovado por 41 a 24.