A Associação Comercial de Pernambuco divulgou uma nota de repúdio ao aumento de impostos definido pelo governo Michel Temer (PMDB).
Desde a última sexta-feira (21), está vigorando um reajuste do PIS/Cofins sobre a gasolina, o etanol e o diesel que tem impacto sobre o preço dos combustíveis.
A entidade ainda afirmou que recebeu com “indignação e estranheza” a declaração do presidente de que a população iria entender a alta dos tributos. “Nós acreditamos que o povo brasileiro, principalmente a classe empresarial, que representamos, não aceita mais as onerações que o Estado nos impõe através de aumentos imprevistos de impostos”, afirma o vice-presidente de estratégia e comunicação da associação, Otavio Moraes, em nota. “Isto prejudica o comércio, o mercado e atrasa a recuperação econômica, além do surgimento de postos de trabalho que o País tanto precisa.
São mais de 14 milhões de desempregados.” LEIA TAMBÉM » Governo não descarta novo aumento de impostos para cumprir meta fiscal » ‘População vai entender’, diz Temer sobre aumento de impostos » OAB cobra ‘profissionalização’ do Estado no lugar de mais impostos A entidade ainda afirmou que vai articular um movimento reivindicando o aumento dos impostos. “O Estado que se resolva reduzindo os seus custos ao invés de retirar mais dinheiro do povo”, disse Moraes.
A alta dos impostos foi para que o governo possa cumprir a meta fiscal prometida ao Congresso Nacional, que já prevê déficit de R$ 139 bilhões.
O Palácio do Planalto sabe que uma mudança na meta a essa altura provocaria forte reação do mercado financeiro e suscitaria questionamentos sobre a condução da política econômica.
Mas economistas continuam prevendo déficits entre R$ 145 bilhões e R$ 155 bilhões para este ano, mesmo com as novas medidas e o corte adicional de R$ 5,9 bilhões.
O impacto será de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 para o litro da gasolina e de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 para o diesel nas refinarias.
Para o litro do etanol, a alíquota passará de R$ 0,12 para R$ 0,1309 para o produtor.
Para o distribuidor, a alíquota, atualmente zerada, aumentará para R$ 0,1964.