O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), se licenciou do cargo na manhã deste domingo (23) para viajar ao exterior em lua de mel.

O socialista deixou no seu lugar, até 9 de agosto, a vice-prefeita Luska Portela (DEM).

A transmissão do cargo foi em meio às conversas da família Coelho com o Democratas.

O pai dele, o senador Fernando Bezerra Coelho, e o irmão, o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, têm se aproximado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do ministro da Educação, Mendonça Filho.

Com o ‘flerte’ para atrair o clã, Maia e Mendonça foram ao casamento de Miguel, na noite da última sexta-feira (21).

Lá, o presidente da Câmara posou ao lado do governador Paulo Câmara, vice-presidente nacional do PSB.

O objetivo de Maia é ampliar a bancada do Democratas para que o partido chegue a ter quase 50 deputados e passe a ser a terceira maior – atrás de PMDB, que tem 62, e PT, com 58.

Hoje, o partido conta com 29 parlamentares e é o sétimo, com número de cadeiras menor do que o PSB, que tem 36.

O presidente da Câmara mira, além dos Coelho, em cerca de dez insatisfeitos com o PSB, incluindo a líder da legenda, Tereza Cristina (MS), que foi procurada também por Michel Temer para ir para o PMDB e provocou um atrito entre Maia e o presidente.

A movimentação dela e dos Coelho foi criticada por socialistas.

O ex-deputado Beto Albuquerque (RS) chegou a afirmar que estar no PSB e negociar com o DEM é “esquizofrenia” e que seria melhor ter menos deputados do que alguns que façam o partido “passar vergonha”.

A ala ‘rebelde’ do PSB está insatisfeita com a postura da executiva nacional do partido de fechar posição contra as reformas trabalhista e da Previdência.

A legenda ainda tem criticado o governo Michel Temer, apesar de ter um nome no primeiro escalão.