Chegou até à presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, a nova estratégia do governo Paulo Câmara (PSB): “bateu-levou”.
O Blog de Jamildo publicou mais cedo a pergunta feita pela ministra ao secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico: “Por que Pernambuco tem uma violência tão superior ao Nordeste?”.
Na hora, segundo uma fonte, Eurico ficou sem resposta.
Nesta quarta-feira (20), porém, o responsável pela pasta de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni, à frente do Pacto pela Vida, rebateu. “Caso a ministra Cármen Lúcia realmente tenha feito a pergunta citada pelo blog, ela mostra desconhecimento.
Afinal, ao longo da última década, conforme apontou o Atlas da Violência, Pernambuco foi o único Estado a reduzir o índice de homicídios”, disse.
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O Rio Grande do Norte foi o que mais aumentou, em 280,5%, e o que menos cresceu foi Alagoas (45,3%).
A questão é que o mesmo Atlas da Violência também traz um comparativo entre 2014 e 2015, período em que o Pacto pela Vida começou a apresentar resultados negativos.
Nesse período, ao contrário, Pernambuco e Sergipe foram os únicos que tiveram crescimento da violência, com taxas de 14,6% e 18,8%, respectivamente.
No Rio Grande do Norte, a redução foi de 3,6% no período e, em Alagoas, que registrou a maior queda, 16,2%. “As dificuldades se iniciaram em 2014, mas nos últimos meses o Estado também tem indicado queda, ao contrário da maioria dos estados vizinhos”, afirmou ainda Stefanni em nota. » Número de homicídios cai em junho, mas é maior do que em 2016 » Fui roubado em Paris, mas nunca em Pernambuco, diz secretário » Com Marília Arraes, PT usa violência para criticar governo Paulo Câmara na TV De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social (SDS) há uma semana, junho foi o terceiro mês consecutivo com queda no número de homicídios, mas, ainda assim, o número total no mês é maior do que em 2016, ano que teve o pior resultado desde 2009, quando o Pacto pela Vida era considerado o programa vitrine da gestão de Eduardo Campos (PSB). “Além disso, qualquer análise sobre violência tem também que levar em consideração aspectos econômicos e sociais e a atuação dos órgãos em ações preventivas.
Isto é feito no âmbito do Pacto pela Vida, que tem a participação dos Poderes e de vários órgãos, inclusive o Judiciário”, finaliza o secretário.