Estadão Conteúdo - Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram nesta quinta-feira (20) com mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) para impugnar a decisão do juiz Sérgio Moro que bloqueou bens do petista.
O argumento da defesa: “Uma vez que o próprio Moro reconheceu em decisão dada na semana passada que não houve dano financeiro da Petrobras na ação do ex-presidente, não haveria por que determinar o futuro cumprimento de reparação deste prejuízo.” LEIA TAMBÉM » Brasilprev comunica a Moro bloqueio de R$ 9 milhões de Lula “Não há demonstração de conduta para dilapidar patrimônio”, disse o advogado Cristiano Zanin Martins, durante uma reunião com a imprensa na qual estavam presentes as principais lideranças do PT pouco antes do ato na Avenida Paulista em defesa do ex-presidente. » Moro manda bloquear R$ 606 mil e imóveis de Lula » PT diz que bloqueio de bens de Lula foi “decisão mesquinha” » Decisão de bloqueio de bens de Lula é ilegal, diz advogado do ex-presidente Zanin disse que a defesa “foi surpreendida” com a decisão do bloqueio porque ela se baseou em um pedido do Ministério Público Federal feito há nove meses e que tramitou em sigilo. “Nem os advogados de defesa tiveram acesso”, criticou.
Segundo ele, o pedido do Ministério Público Federal “não apresentou qualquer elemento probatório que o justificasse”. » Lula presta depoimento a Moro dia 13 de setembro » Moro compara Lula a Eduardo Cunha e nega contradição » Lula começa viagem de 20 dias pelo Nordeste no dia 16 “O Ministério Público só fez afirmação.
Cogitar é diferente de provar.
Mais uma vez MPF fez pedido com base em cogitação”, disse ele.
Zanin disse, ainda, que a Procuradoria “não pode agir em nome da Petrobras”.
Aliados de Lula também usaram argumentos políticos para defender o ex-presidente.
A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, chamou de “chicana” a decisão de bloqueio de bens. “É uma chicana, um absurdo que tem como objetivo dificultar a defesa e a subsistência de Lula”, disse. “Para nós soou como perseguição "