Após a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, fazer a inspeção no Complexo do Curado, na manhã desta quarta-feira (19), o promotor de Execuções Penais do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Marcellus Ugiette, voltou a defender que o conjunto de presídios seja desativado.
Já o secretário de Justiça e Direitos Sociais, Pedro Eurico, assegurou que o governador Paulo Câmara (PSB) não irá fechá-lo.
LEIA TAMBÉM » Pedro Eurico leva bronca de Cármen Lúcia e promete presídios, mas superlotação continua Para o promotor, é necessário que seja encaminho um relatório para Cármen, informando todas as condições estruturais da unidade. “Ela precisa ter uma noção maior da realidade.
Eu prefiro pecar pelo excesso do que pela omissão”, disse Ugiette.
O Complexo do Curado tem 6,2 mil detentos e 1.820 vagas. “A unidade está super lotada?
Está.
Mas a unidade está administrável.
O governador Paulo Câmara autorizou a construção de muralhas de proteção e de um ano pra cá, nós não tivemos nenhuma tentativa de fuga”, afirmou Pedro Eurico.
Foto: Leo Motta/JC Imagem - Foto: Leo Motta/JC Imagem Foto: Leo Motta/JC Imagem - Foto: Leo Motta/JC Imagem Foto: Leo Motta/JC Imagem - Foto: Leo Motta/JC Imagem Pedro Eurico (Foto: Leo Motta/JC Imagem) - Pedro Eurico (Foto: Leo Motta/JC Imagem) Foto: Leo Motta/JC Imagem - Foto: Leo Motta/JC Imagem Foto: Leo Motta/JC Imagem - Foto: Leo Motta/JC Imagem Foto: Leo Motta/JC Imagem - Foto: Leo Motta/JC Imagem Foto: Leo Motta/JC Imagem - Foto: Leo Motta/JC Imagem Foto: Leo Motta/JC Imagem - Foto: Leo Motta/JC Imagem A presidente do STF, Cármen Lúcia, sendo recepcionada pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico (Foto: Leo Motta/JC Imagem) - A presidente do STF, Cármen Lúcia, sendo recepcionada pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico (Foto: Leo Motta/JC Imagem) Ugiette alertou que, se não houver mudança no tratamento dos detentos, o resultado será refletido negativamente na segurança pública do Estado, já em crise.
O promotor também criticou os gastos do governo com obras e novos presídios, que para ele, não adiantam.
As unidades anunciadas por Pedro Eurico nesta quarta-feira (19) somam 2,5 mil vagas, enquanto o déficit do Estado é de quase 20 mil. “O que acontece nos estados, que não diferente em Pernambuco, recebe o dinheiro e construir.
Mas nós, por exemplo, temos como exemplo o de Tacaimbó, construímos Tacaimbó que tem 600 vagas, mas só tem 150 presos.
Sabe por quê?
Porque não tem pessoal de apoio, não tem agentes penitenciários.
E vai acontecer em Itaquitinga, em Araçoiaba a mesma coisa.
Nós vamos transformar nessas unidades novas, em novas unidades como essa daqui, super lotadas com presos tomando conta”, declarou. “Toda construção é boa, mas é preciso ver o planejamento que o estado fez para essas unidades.
Caso contrário, teremos, novamente, chaveiros tomando conta das unidades, lideranças, drogas e armas.
Se nós apenas construirmos um espaço e jogarmos as pessoas lá, estaremos, na verdade, erguendo uma fábrica de monstros e uma casa de mortos”, enfatizou.