Estadão Conteúdo - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reforçou sua lealdade ao presidente Michel Temer (PMDB) e revelou que é cobrado pela mãe para não conspirar contra o peemedebista.
Em entrevista ao programa Roberto D’Avila, da Globonews, ele disse que foi procurado por parlamentares e empresários para debater um eventual papel de presidente da República, mas afirmou que respondeu que não é essa sua função. “Digo (a quem me procura) que meu papel é presidir a Câmara e de minha parte não haverá nenhum movimento que prejudique o presidente.
O árbitro nem votar vota, ele preside a sessão.
Eu não posso me movimentar nem numa posição nem noutra.
Dentro de casa sou cobrado para ser leal, como aprendi com meu pai e minha mãe”, afirmou Maia no programa veiculado na noite desta segunda-feira (17).
LEIA TAMBÉM » Maia marca para 2 de agosto votação da denúncia contra Temer » Rodrigo Maia já opera com cenário pós-Temer » Jarbas: Tasso é a melhor opção para presidência e Maia é preparado para suceder Temer Maia é o primeiro na linha sucessória e assumirá o cargo de Temer provisoriamente por 180 dias se a Câmara admitir o processo contra o peemedebista e o STF aceitar a denúncia.
A votação está prevista para 2 de agosto e são necessários 342 votos para que o processo prossiga. » Na esteira da alternativa Maia, DEM cogita fusão » Maia diz que Câmara não aceitará mudanças na reforma trabalhista » Mais próximos ao DEM, Coelhos vão a evento com Mendonça e Maia “Sou cobrado todo dia pela minha mãe.
Ela me mandou uma mensagem de texto e eu até assustei: ‘Você não vai conspirar, né?’ (Respondi:) ‘Você me ensinou que eu tenho de ser leal e assim eu sou’’.
Mostrei (a mensagem da mãe) para o presidente (Temer)”, afirmou Maia.
A mãe do deputado é a chilena Mariangeles Ibarra Maia e seu pai é o ex-prefeito e vereador no Rio César Maia (DEM).
Sobre o resultado da votação para autorizar ou não a abertura do processo contra Temer, Maia disse que “os deputados é que vão julgar”. “Meu papel como presidente da Câmara é não ter posição sobre esse assunto.
Além de presidir a sessão que vai decidir pela abertura ou não da denúncia, no momento seguinte ainda tenho vários (pedidos de) processos de impeachment para ser decididos.”