Com o racha no PSOL de Pernambuco, um grupo que diverge do deputado estadual Edilson Silva já tem nome para indicar à disputa em 2018. É Áureo Cisneiros, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-PE), que já admite a discussão sobre a candidatura. “O debate principal na próxima eleição é a segurança pública”, justifica.
Como presidente da entidade, Áureo tem feito críticas ao governo Paulo Câmara (PSB) por causa dos altos índices de violência no Estado desde que o socialista assumiu.
Por causa disso, já foi punido pela Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) mais de uma vez. “Nós pautamos há três anos a segurança no governo Paulo Câmara”, afirma.
Três anos também é o tempo desde que ele é filiado ao PSOL.
A ala do partido que está defendendo a pré-candidatura de Áureo é a Trabalhadores na Luta Socialista (TLS), que quer também ampliar o espaço que tem dentro da legenda no congresso estadual de outubro. “O povo pernambucano merece ter a oportunidade de votar em alguém diferente dos políticos de carreira.
Alguém que tenha coragem e competência para enfrentar os coronéis, o crime, e a incompetência que tem feito Pernambuco regredir décadas”, avalia o dirigente estadual da TLS, Leandro Recife. Áureo nunca disputou uma eleição.
Em maio, o grupo Somos PSOL divulgou uma nota com críticas a Edilson Silva e acusando-o de ser centralizador.
No dia seguinte, dez funcionários do gabinete dele na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foram exonerados. “Foi devido à conduta personalista dele”, pontua Áureo.
A violência também tem sido usada por outros opositores de Paulo Câmara para criticá-lo e uma pesquisa do Instituto Uninassau apontou que a maioria dos pernambucanos atribui o problema ao governador.
Nessa segunda-feira (17), o PT começou a divulgar uma propaganda partidária em que a vereadora Marília Arraes, provável candidata da legenda, critica os índices.