O número de empresas inadimplentes no Brasil bateu recorde em maio de 2017.
Cerca de 5,1 milhões de CNPJs estavam negativados, a maior quantidade registrada desde março de 2015, quando o levantamento passou a ser feito.
Em relação a maio de 2016 houve um aumento de 15,9%.
O montante alcançado pelas dívidas das empresas foi de R$ 119,2 bilhões.
Cada CNPJ tem em média 11 dívidas, totalizando um valor médio de R$23 mil.
A maioria das empresas no vermelho é do setor de serviços (46,7%).
Se comparado ao mesmo período do ano anterior, houve aumento de 1,5 ponto percentual.
O comércio corresponde 43,7%, queda de 1,3 pontos percentuais comparado ao ano anterior.
A indústria responde por 8,7% da inadimplência, decréscimo de 0,2 ponto percentual em relação ao ano anterior.
Segundo os economistas da Serasa, a retração nas vendas e no ritmo de produção por causa da longa e intensa recessão pela qual vem passando a economia brasileira tem debilitado o fluxo de caixa das empresas.
Por outro lado, as dificuldades de acesso ao crédito, que se mantém caro e escasso, prejudica a gestão financeira das empresas.
Tudo isto leva a inadimplência das empresas para patamares recordes, sendo absolutamente necessários que processos de renegociação ocorram entre credores e devedores para que tais dívidas possam ser equacionadas e regularizadas.
Inadimplência das empresas se concentra no Sudeste Mais da metade das empresas em situação de inadimplência estão no Sudeste do país (53,6%).
O Nordeste tem 16,7% do total de empresas com dívidas atrasadas, enquanto o Sul responde por 15,7% do total.
Completando a lista, o Centro-Oeste, com 8,5% e o Norte, com 5,4% do total dos CNPJs negativados no Brasil.
Entre os estados, São Paulo tem o maior número de empresas negativadas, com 32,3% do total.
Em seguida está Minas Gerais, com 11,1%, e Rio de Janeiro em terceiro, com 8,1%.