Do Blog de Jamildo, com Estadão Conteúdo O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, condenou o ex-presidente Lula (PT) a nove anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex.
Lula foi foi acusado de ter recebido R$ 2,4 milhões em vantagens ilícitas da empreiteira OAS através de um apartamento no Edifício Solaris, no Guarujá, no litoral de São Paulo.
Se ele for condenado em segunda instância, poderá ser preso e ficar inelegível, o que afetaria os planos dele de se candidatar novamente à presidência em 2018.
LEIA TAMBÉM » Sérgio Moro nega a Lula mais documentos na ação do triplex » MPF pede arquivamento de investigação que apura se Lula obstruiu a Lava Jato » Apoio a Bolsonaro é ‘fruto do ódio’, diz Lula Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), R$ 1,1 milhão foi para a aquisição do imóvel, outros R$ 926 mil referente a reformas, R$ 342 mil para a instalação de cozinha e outros móveis personalizados, além de R$ 8 mil para a compra de fogão, micro-ondas e geladeira.
O valor total apontado na denúncia era de R$ 3,7 milhões.
Os procuradores ainda acusavam Lula de ter recebido R$ 1,3 milhão por meio do armazenamento dos bens do acervo presidencial, mantidos pela Granero de 2011 a 2016.
Porém, o ex-presidente foi absolvido por Moro dessa acusação “por falta de prova suficiente da materialidade”.
RESENHA POLÍTICA » Advogado diz que ter Lula como alvo seria admitir prisão política.
Assista ao vídeo: Lula é réu em mais quatro ações, duas delas também na Lava Jato - em que é acusado de obstrução de Justiça e de receber dinheiro para a sede do Instituto Lula -, uma na Janus e uma na Zelotes. “Líder máximo” de esquema A força-tarefa da Lava Jato considera que Lula era o “líder máximo” do esquema sistematizado de corrupção descoberto na Petrobrás e replicado em outras estatais e negócios do governo federal.
Por meio dos desvios e arrecadação de propinas, o petista teria garantido a governabilidade de sua gestão e a permanência no poder, com o financiamento ilegal das campanhas suas e de aliados. » Lula nega influência de Gleisi e Bernardo na Petrobras » Lula questiona motivo da delação de Joesley Batista » PT prepara ‘teatro’ para o caso de Moro condenar Lula Pelos pagamentos via triplex, ele teria praticado 3 vezes corrupção passiva entre 11 de outubro de 2006 a 23 de janeiro de 2012.
Nesse mesmo negócio, o petista foi condenado por 3 vezes ter praticado crime de lavagem de dinheiro entre 8 de outubro de 2009 até 2017.
Confissão de Léo Pinheiro A confissão, em juízo, de Léo Pinheiro, foi devastadora para Lula nesse processo.
Ex-presidente da OAS e empreiteiro do cartel alvo da Lava Jato com maior proximidade com Lula, ele afirmou categoricamente a Moro que que “o apartamento era do presidente”. “O sr. entende que deu a propriedade do apartamento para o presidente?”, indagou o advogado de Lula Cristiano Zanin Martins “O apartamento era do presidente Lula.
Desde o dia que me passaram para estudar os empreendimentos da Bancoop já foi me dito que era do presidente Lula e sua família e que eu não comercializasse e tratasse aquilo como propriedade do presidente”, afirmou o empreiteiro. » Lula esnoba Paulo Câmara ao falar das eleições de 2018 » Paulo Câmara esnoba Lula e não vai responder crítica » Lula fala sobre o Nordeste em entrevista e critica Dória e Lava Jato. ‘Os procuradores vivem de pirotecnia’ O Edifício Solaris era da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), a cooperativa fundada nos anos 1990 por um núcleo do PT.
Em dificuldade financeira, a Bancoop repassou para a OAS empreendimentos inacabados, o que provocou a revolta de milhares de cooperados - eles protestam na Justiça que a empreiteira cobrou valores muito acima do previso contratualmente.
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi presidente da Bancoop A ex-primeira-dama Marisa Letícia (morta em 2017) assinou Termo de Adesão e Compromisso de Participação com a Bancoop e adquiriu ‘uma cota-parte para a implantação do empreendimento então denominado Mar Cantábrico’, atual Solaris, em abril de 2005. » Lula e Dilma fizeram campanha para Rocha Loures em 2010 » De olho em 2018, Lula programa visita ao Nordeste » Lula sofre duas derrotas na Justiça Federal Em 2009, a Bancoop repassou o empreendimento à OAS e deu duas opções aos cooperados: solicitar a devolução dos recursos financeiros integralizados no empreendimento ou adquirir uma unidade da OAS, por um valor pré-estabelecido, utilizando, como parte do pagamento, o valor já pago à Cooperativa.
Em 2015, Marisa Letícia pediu a restituição dos valores colocados no empreendimento.
Segundo Léo Pinheiro, a primeira conversa com Vaccari sobre o tríplex ocorreu em 2009. “O João Vaccari conversou comigo, dizendo que esse apartamento, a família tinha a opção de um apartamento tipo, tinha comprado cotas e tal, mas que esse apartamento que eles tinham comprado estava liberado para eu comercializar.
E foi comercializado e foi vendido.
E que o tríplex, eu não fizesse absolutamente nada em termo de comercialização”, disse.
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