Com informações de Renata Monteiro, do Jornal do Commercio Aliados do ex-presidente Lula (PT) têm mantido o discurso de que o petista foi condenado pelo juiz Sérgio Moro por questões políticas e que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região vai reverter a pena de nove anos e seis meses.

Em ato pró-Lula no Recife esta noite, a vereadora do Recife Marília Arraes (PT) afirmou que acredita na absolvição dele em segunda instância, como aconteceu com o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, que havia sido sentenciado também por Moro a 15 anos e quatro meses de prisão e teve a decisão desconsiderada pela corte.

Da mesma forma que Lula, Vaccari havia sido condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas em uma ação penal resultante da 10ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2015.

O tribunal considerou no caso dele que as provas contra Vaccari eram insuficientes por se basearem apenas em delações premiadas, que é o que alega a defesa do ex-presidente. “Caso o tribunal mantenha a coerência, a gente espera que não mantenha a condenação do juiz Moro, que simplesmente quis dar uma satisfação à opinião pública”, afirmou Marília Arraes.

Para ela, a decisão do magistrado faz parte de uma articulação política para minimizar a aprovação da reforma trabalhista. “Ficou muito claro que o golpe tinha um script e está sendo seguido.

O golpe que na verdade foi para encobrir a corrupção dos que dele participam e acabar com os direitos do trabalhador.

Tem uma votação absurda como a de ontem que acaba com os direitos trabalhistas no brasil e um dia depois tem uma condenação politica como essa ao presidente Lula, sem provas, para fazer o sensacionalismo e tirar o foco da retirada de direitos.” Cotada a disputar o Governo de Pernambuco pelo PT, Marília Arraes - que é filiada ao partido há um ano e meio, depois de uma briga no PSB por causa de decisões políticas do primo Eduardo Campos - esteve com Lula em São Paulo na semana passada, para discutir o cenário eleitoral de 2018.

Lula pretende se candidatar novamente à presidência, mas depende de uma decisão do tribunal.

Se ele for condenado em segunda instância, fica inelegível.

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