Ir à escola pode ser o ato mais simples de uma criança durante a fase de aprendizado, pelo menos deveria.
No entanto, para Malala Yousafzai e outras meninas paquistanesas era o maior desafio já enfrentado por elas.
Vivendo em uma área de constante conflito com o grupo terrorista Talibã, Malala e suas amigas foram proibidas de algo muito simples: estudar. “O Talibã baniu a educação das meninas.
Nossos professores nos disseram para pararmos de usar nossos uniformes, porque não era seguro.
Todos os dias eu me perguntava se esse seria o meu último dia de escola.”, explica a ativista em seu website.
Mas, a menina em vez de lamentar a situação resolveu fazer o oposto: brigar pelo direito das mulheres à educação.
Em sua autobiografia “Eu sou Malala”, a menina conta toda sua história de luta,, inclusive a tentativa de assassinato que sofreu enquanto tentava simplesmente chegar a escola.
Malala levou um tiro na cabeça e sobreviveu quase que por um milagre ao atentado dos Talibãs.
Após se recuperar, intensificou o seu trabalho em prol da educação das mulheres no mundo todo.
Tem como não amar uma menina dessas?
Se alguém ainda tem dúvidas, segue cinco motivos para celebrar Malala, que completa 20 anos nesta quarta-feira (12): 1.
Ela é uma ativista que luta pela educação das meninas SAFIN HAMED / AFP Desde muito nova, Malala luta pelo direito das mulheres de estudar.
A menina ficou famosa após relatar em um blog para a BBC o dia a dia de uma estudante paquistanesa.
Depois que se recuperou do atentado, Malala resolveu que continuaria sua missão em prol das meninas e criou o Malala Fund.
A ONG, fundada em 2014, atua em regiões onde a maioria das meninas tem dificuldades para estudar e atua no Paquistão, Índia, Nigéria e em países que abrigam refugiados sírios. 2.
Ganhou o Nobel da Paz em 2014 Foto: AFIN HAMED / AFP A pessoa mais nova a ganhar um Nobel da Paz, Malala recebeu o prêmio em 2014 e dividiu com o indiano Kailash Satyarthi.
Durante o seu discurso, a garota questionou o mundo sobre o caminho para a paz. “Por que os países que chamamos de fortes são tão poderosos criando guerras, mas tão fracos para alcançar a paz?
Por que dar armas é tão fácil, mas dar livros tão difícil?
Por que construir tanques é tão fácil, mas construir edifícios é tão difícil?”, disse Malala. 3. É mensageira da paz na ONU Foto: SAFIN HAMED / AFP Na semana passada, Malala concluiu o ensino médio e reafirmou que pretende trabalhar pela educação. “Gostei dos meus anos escolares e estou ansiosa pelo meu futuro.
Mas não posso deixar de pensar nas milhares de meninas ao redor do mundo que não completarão sua educação”, disse em comunicado no seu site.
Na última segunda-feira (10) a garota foi nomeada mensageira da paz pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Durante a cerimônia em Nova Iorque, o secretário- geral da ONU, António Guterres, explicou o motivo da escolha dela como a mais nova mensageira da paz da entidade. “Mesmo diante de grande perigo, Malala Yousafzai mostrou um comprometimento inabalável com os direitos das mulheres, meninas e de todas as pessoas”, disse Guterres. 4.
Malala faz uma viagem #GirlPower pelo empoderamento feminino Foto: SAFIN HAMED / AFP A paquistanesa viajou o mundo conhecendo histórias de meninas, que assim como ela, lutam todos os dias pelo direito à educação feminina.
Sua viagem será intensificada nos próximos meses, visitando o Oriente Médio, África e a América Latina.
Todas as histórias das meninas que Malala conheceu em sua #GirlPower Trip estão em suas redes sociais e no website da Malala Fund. 5.
Ela fez tudo isso antes dos 20 anos Foto: SAFIN HAMED / AFP Malala com certeza serve de inspiração para muitas mulheres ao redor do mundo.
Sua luta pela educação feminina está apenas no início, mas desde muito nova a paquistanesa decidiu que este é o caminho que quer seguir.
Nesta quarta-feira (12), Malala Yousafzai completa 20 anos e na semana passada criou sua primeira conta no Twitter, onde foi muito bem recebida por todos.
Ela afirmou que essa é só mais uma ferramenta para a luta na igualdade educacional das mulheres. “Online e off do Twitter, eu continuarei lutando pelas meninas, vocês estão comigo?”, tuitou a ativista.