O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), reclamou nesta terça-feira (11) da aprovação da reforma trabalhista, que passou na Casa por 50 e 26. “O Senado ficou de joelhos para Temer e de costas para o povo”, disse o petista. “Essa é uma proposta que quer jogar a responsabilidade do pagamento pela crise para os trabalhadores pobres do Brasil e mantém os empresários absolutamente isentos de darem a sua contribuição para o enfrentamento da crise.” LEIA TAMBÉM » Em votação conturbada, Senado aprova reforma trabalhista » Veja como votaram os senadores na reforma trabalhista » Com PSB dividido, FBC não encaminha votos na reforma trabalhista Para o senador, ao contrário do que dizem os aliados do presidente Michel Temer (PMDB), a mudança na legislação trabalhista não vai trazer mais empregos. “Vai gerar muitos subempregos”, disse.
Ao encaminhar o voto da oposição, contrário à reforma trabalhista, Humberto Costa já havia criticado a medida. “Essa reforma trabalhista é isto mesmo: é parar diminuir a rede de proteção social; é para precarizar as relações de trabalho, e é para concretamente criar mais condições de ampliar a taxa de lucro dos empresários brasileiros”, afirmou. “Passaram manteiga no nariz do gato.
Disseram que o presidente Temer, que ninguém sabe até quando é presidente, vai vetar uma série de pontos questionados por todos aqui.
Primeiro, quem confia em Michel Temer?”, questionou ainda. “Quem está pensando que está votando e vai encontrar uma solução nesse veto com certeza pode saber que não haverá isso.
O que nós estamos vendo é que uma proposta como esta é um projeto sem defensores.” Mais cedo, Humberto Costa silenciou sobre o protesto de senadoras da oposição, que ocuparam a Mesa Diretora da Casa e impediram a votação.
A sessão ficou suspensa pelo presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE) por mais de seis horas, que tentava negociar a saída das parlamentares.
Irritado, ele abriu a votação às 18h35.
Saiba o que muda com a reforma trabalhista