Do PMDB, partido de Michel Temer, o relator da denúncia contra ele por corrupção passiva na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Sergio Zveiter (RJ) foi favorável ao prosseguimento da acusação.

O peemedebista foi aplaudido ao anunciar o voto na tarde desta segunda-feira (10).

Zveiter afirmou que “há indícios suficientes” para o recebimento da denúncia e afirmou que só são necessárias “provas concretas ao final do processo”.

O relator alegou que o arquivamento não daria ao governo Michel Temer o “vigor necessário” para a saída da crise política.

Para ele, serviria para “ampliar o abismo entre a sociedade e essas instituições que a representam”. “Sem manobras, sem arremedos que signifiquem o enfraquecimento das nossas instituições”, disse o deputado peemedebista.

LEIA TAMBÉM » Saiba como devem votar os pernambucanos na denúncia contra Temer » “As ruas não deveriam ter voz nos tribunais”, diz advogado de Temer » CCJ pode votar denúncia contra Temer na quinta-feira “Não é fantasiosa a acusação”, afirmou ainda na leitura do parecer. “É preciso que se faça a investigação.

São várias as pessoas envolvidas e a verdade precisa ser esclarecida. É necessária a investigação dos fatos.

Estão demonstrados na denúncia sólidos indícios da prática delituosa.” Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados - Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados - Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados - Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados - Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados - Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados - Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados - Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e a acusação está baseada nas investigações iniciadas com o acordo de delação premiada da JBS.

O áudio de uma conversa gravada pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa, com o presidente, em março, no Palácio do Jaburu, é uma das provas usadas no processo.

O relator contestou a defesa do presidente, que alegou que o áudio gravado não teria validade.

Zveiter afirmou que Temer recebeu Joesley para tratar de assuntos “não republicanos” e que a entrada do empresário foi sem a devida e necessária identificação". » Advogado de Temer reafirma que vê politização do MPF » Aliado aposta em 40 votos pró-governo, entre 66 na CCJ, para livrar a cara de Temer » PR troca titulares na CCJ da Câmara para garantir votos por Temer Depois do voto, foi dada a palavra ao advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, que representa Michel Temer. » Presidente interino do PSDB vê gestão Temer na rota da ‘ingovernabilidade’ » Governo Temer “parece insustentável”, diz Renan Calheiros » Magistrados pernambucanos pedem que deputados votem pela denúncia contra Temer O ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) também foi denunciado pelo procurador pelo mesmo crime.

Loures foi preso no dia 3 de junho por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin.

Em abril, Loures foi flagrado recebendo uma mala contendo R$ 500 mil, que teria sido enviada pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS.

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