Responsável por processos contra líderes de movimentos na Polícia Militar como corregedor-geral da Secretaria de Defesa Social (SDS), o agora gestor da pasta, Antônio de Pádua reafirmou que vai manter a exigência de que os policiais sigam a hierarquia na corporação.
O novo secretário, no cargo há uma semana, concedeu entrevista ao programa Resenha Política nesta sexta-feira (7). “A tônica é a gente manter o comando das polícias e das corporações.
E a legislação diz que o comando tem que ser do comandante”, afirmou Pádua.
LEIA TAMBÉM » Novo secretário quer concursos para chamar 500 policiais por ano O novo secretário também defendeu as punições atribuídas pela corregedoria após processos ao longo deste ano.
Três associações de policiais militares foram descredenciadas, o presidente e o vice de uma delas foram expulsos e o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros, foi suspenso. “A corregedoria é um setor muito técnico, atua com imparcialidade, baseado na legislação”, garantiu Pádua.
A coluna Pinga-Fogo lembrou que o novo secretário era tido como “sem coração”, em alusão ao ex-corregedor Servilho Paiva, que era tido como “coração de pedra”. “Tenho coração.
Tenho filho, esposa, vida pessoal.
Entendo a relação humana muito bem”, rebateu. “A nossa postura é fundamentada na hierarquia e na disciplina, no dialogo com respeito, construtivo.
A gente tem que buscar as parcerias que nos constroem”, afirmou ainda.
Pádua acompanhou o discurso do governador Paulo Câmara (PSB) nos últimos dias e prometeu reduzir os índices de violência até 2018, além de enfatizar que a curva de homicídios tem diminuído.
Hoje, a segurança é um calo da gestão do socialista.
O secretário ainda cobrou planos de combate à violência pela União e pelos municípios. “A segurança tem que ser entendida macro”, disse, ressaltando que um dos maiores problemas hoje é o combate ao tráfico de drogas, que depende também das polícias das fronteiras. “A cocaína especificamente não é produzida no Brasil.
O crack é um derivado da cocaína, é a cocaína que é trazida de fora e transformada no crack, que é o grande alvo.”