Estadão Conteúdo - O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que representa o presidente Michel Temer (PMDB), negou nesta quarta-feira (5) que o governo esteja na UTI. “Está na lanchonete do hospital.” O criminalista entregou por volta das 16h o documento de defesa do peemedebista à Câmara.

A Casa vai decidir se aceita a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer e seu ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) por corrupção passiva. “Eu não sou médico, não conheço bem a divisão do hospital, mas eu diria que está na lanchonete do hospital.

Está comemorando, está pensando, está trabalhando pelo País”, afirmou.

LEIA TAMBÉM » Advogados de Temer entregam defesa à CCJ » Jarbas diz que vai votar pela investigação de Temer na Câmara dos Deputados » Petistas acusam Temer de compra de votos e preparam denúncia à PGR Mariz declarou que “o presidente quer trabalhar pelo País”. “É preciso que se tenha presente que essa acusação não é contra um cidadão comum, esta acusação é contra o presidente da República, é contra o Brasil.

Na medida em que se dedicando como está emocionalmente, materialmente, perde tempo para se defender, ele está deixando, embora faça esforços tremendos, desumano até para governar o País”, destacou.

Defesa O documento foi preparado pelo criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado e amigo de Temer.

Mariz e o advogado do presidente em Brasília, Gustavo Guedes, levaram o documento à CCJ da Câmara, que examina a denúncia de Janot.

Segundo o procurador-geral da República, Temer era o destinatário real da mala de propinas - R$ 500 mil em notas de R$ 50 - da JBS.

A mala foi entregue a um ex-assessor especial do presidente, Rodrigo Rocha Loures, na noite de 28 de abril, em São Paulo. » Defesa contesta acusação contra Temer em 11 tópicos » Presidente da CCJ confirma Sergio Zveiter para relatar denúncia contra Temer » Deputado tucano da CCJ fala em “tchau, querido?” sobre Temer No documento de defesa, Mariz ataca inicialmente o “açodamento” dos investigadores. “Foi aberto um inquérito sem sequer haver verificação da gravação (da conversa de Joesley com o presidente).

Pediram inquérito e o ministro (Edson Fachin, relator do caso no STF) foi logo deferindo.

Houve açodamento tanto do Ministério Público como do ministro que, sem maiores verificações, e monocraticamente, autorizou a investigação”, questiona o advogado. “Mostramos a inexistência de provas de corrupção passiva.

A prova toda é baseada em gravação ilícita e contaminou todos os demais elementos.

Mesmo que assim não fosse, considerando-se como correta, como em ordem a gravação, mesmo assim, não encontra nenhum elemento que comprometa o presidente da República”, sustenta Mariz. “Não há nenhum indício na gravação da conversa do presidente (com Joesley Batista, da JBS) que mostra que o presidente cometeu o crime de corrupção passiva”, crava o advogado.

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