O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), voltou a admitir que, se a votação da reforma trabalhista fosse hoje, a bancada não teria votos suficientes para travar o projeto.
Entretanto, com o cerco ao governo e a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer (PMDB), o senador está otimista que irá conseguir votos contrários para travar o projeto na votação da próxima semana.
O plenário do Senado aprovou, por 46 a 19, o requerimento de urgência do projeto.
A medida, proposta pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), foi para que fossem necessárias apenas cinco falas contra e a favor antes da votação da matéria.
Um acordo entre a oposição e o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), fez com que fosse autorizada a discussão até a outra quarta-feira (12), para quando está prevista a votação.
LEIA TAMBÉM » Por 46 a 19, Senado aprova urgência da reforma trabalhista » Armando articula que mudanças na reforma trabalhista fiquem para Temer.
Humberto não confia » Veja como cada senador votou na reforma trabalhista na CCJ Dias antes da reforma trabalhista ter sido rejeita na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, Humberto havia declarado que a bancada não tinha votos suficientes para barrar a proposta do governo peemedebista.
No mês passado, o projeto também passou pelas Comissões Assuntos Econômicos (CAE) e Constituição e Justiça (CCJ), onde foram aprovadas.
Para o senador, o cenário tem melhorado para rejeição e que o governo está se enfraquecendo. “Se a votação fosse até amanhã, possivelmente eles tivessem a possibilidade maior de aprovar a reforma trabalhista”, disse. “Essa situação, essa fragilidade do governo e a quantidade absurda de escândalos interfere diretamente na votação, na possibilidade de não ser aprovada”, completou. » Após derrota, Temer diz que decisão sobre reforma trabalhista é no plenário » Líder da oposição reconhece que não tem votos para barrar reforma trabalhista hoje » Comissão do Senado rejeita relatório da reforma trabalhista por 10 votos a 9 O líder petista também explicou que a bancada tem se articulado.
O foco da oposição são os senadores indecisos e que irão aproveitar o cenário “desfavorável” do governo Temer para conseguir votos contrários a reforma.
Segundo Humberto, outro ponto que também pode ajudar a conseguir votos contrários é a repercussão negativa que pode gerar aos parlamentares. “Vamos tentar reverter os votos daqueles que estão mais indecisos, mais temerosos sobre a repercussão de cada um dos votos, vamos tentar na semana que vem reverter”, explicou.
O voto do senador deve ser o único de Pernambuco contra a reforma trabalhista.
Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB) já defenderam publicamente a proposta.
Lula em 2018 Um dia após ter se reunido com o ex-presidente Lula (PT, Humberto Costa (PT) ainda saiu na defesa da candidatura do ex-presidente novamente ao cargo.
Para o senador, há uma tentativa de eliminá-lo do processo eleitoral. “Nós não podemos aceitar que se faça uma eleição sem que Lula seja candidato porque não seria eleição, seria uma farsa.
Lula é o candidato que está nas frentes das pesquisas, os eleitores querem votar nele.
Há uma grande tentativa de manchar a reputação do ex-presidente de todas as formas, a ponto de quererem inventar agora uma condenação.
Isso seria um jeito de cassar o voto de milhões de brasileiros”, afirmou o senador.
Saiba o que prevê a reforma trabalhista