Com alarde, está causando constrangimento, entre membros do Ministério Público, afirmações da promotora Belize Câmara em uma rede social, sobre a escolha de Raquel Dodge como procuradora geral da República.

Raquel Dodge foi segunda colocada na lista tríplice votada pela categoria do MPF.

Foi escolhida pelo presidente Michel Temer (PMDB) para a chefia do Ministério Público da União.

Belize Câmara, que ficou conhecida no Recife como “promotora do Estelita”, fez duras críticas ao presidente Temer por escolher a segunda colocada no MPF. “Previsível que um golpista, que tem alergia à democracia, não escolheria o candidato mais bem votado para ser o chefe do MPF, rompendo uma tendência que vinha se mantendo há tantos anos”, aponta Belize.

Para a promotora, escolher o segundo lugar é “lamentável e condenável interferência” no Ministério Público.

O constrangimento de colegas da promotora ocorre na medida em que, em Pernambuco, também foi escolhido o segundo lugar na lista tríplice: o atual procurador geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros.

A própria Belize Câmara fez questão de fazer a ligação com o precedente de Pernambuco. “A propósito, aqui em Pernambuco ocorreu a mesma coisa, nas últimas eleições do Ministério Público Estadual, em janeiro/2017”, lembrou a promotora, na mesma postagem em uma rede social, enviada ao blog por fontes.