A 21ª edição do Cine PE chegou ao fim, na noite desta segunda-feira (3), no Cinema São Luiz, e consagrou o pernambucano “O Jardim das Aflições”, documentário dirigido por Josias Teófilo, como Melhor Longa-Metragem escolhido pelo júri oficial do festival e pelo júri popular, que este ano foi realizado através de votação on-line.
O polêmico documentário sobre o pensamento do filósofo Olavo de Carvalho mostra a rotina pacata do intelectual paulista, que atualmente reside com sua família na cidade de Colonial Heights, estado da Virgínia (EUA), partindo dos temas do livro homônimo publicado por Olavo em 1995. “O Jardim das Aflições” também ganhou o Calunga de melhor montagem.
Na imprensa local, ao que parece, depois da vitória, o polêmico filme foi rebatizado, virou apenas ‘o filme de Josias’.
Isto para quem ainda se deu ao trabalho de noticiar o resultado da premiação.
Carta aberta aos realizadores que abandonaram o festival CINE PE 2017 A ficção “Diamante, o Bailarina”, de Pedro Jorde, de São Paulo, ganhou o prêmio de Melhor Curta Nacional.
Já o curta “Luiza”, do paraense Caio Baú, recebeu Menção Honrosa do Júri pela delicadeza e sensibilidade na abordagem da sexualidade de uma jovem deficiente com sua família, mostrando os tabus e as dificuldades de lidar com essa realidade.
Na competição de curtas pernambucanos, o vencedor foi “Los Tomates de Carmelo”, de Danilo Baracho.
O júri oficial do Cine PE foi formado por Emanoel Freitas (ator, diretor artístico, gestor e produtor de eventos), Indaiá Freire (jornalista, produtora cultural, mestra em literatura e cinema), Tony Tramell (jornalista, ativista cultural e assistente de direção), Caio Julio Cesano (Secretário Municipal de Cultura de Londrina, doutor em multimeios, mestre em Comunicação e Mercado), Naura Schneider (atriz, produtora e jornalista) e Vladimir Carvalho (documentarista, cineasta e escritor).
JÚRI POPULAR O público do CINE PE pôde eleger, através de votação on-line no site https://cine-pe.com.br/vote/, os seus filmes favoritos nas três categorias do festival.
Para o público, o melhor curta pernambucano foi “Autofagia”, de Felipe Soares.
Já o melhor curta nacional ficou com o paulistano “Mulheres Negras: Projetos de Mundo”, de Day Rodrigues e Lucas Ogasawara.
O melhor longa, para o júri popular, foi “O Jardim das Aflições” (PE), de Josias Teófilo.
PRÊMIO DA CRÍTICA Composto pelos críticos Amilton Pinheiro, Ana Carolina Garcia, Clarissa Kuschnir e Rodrigo Torres, a crítica especializada concedeu a Calunga de Melhor Longa para “Los Leones” (MG), de André Lage, de Melhor Curta Nacional para “O Ex-Mágico” (PE), animação de Olimpio Costa e Mauricio Nunes, e de Melhor Curta Pernambucano para “Entre Andares” (PE), de Aline van der Linden e Marina Moura Maciel.
PRÊMIO CANAL BRASIL Com júri formado pelos jornalistas Amilton Pinheiro, Ana Carolina Garcia, Clarissa Kuschnir, Robledo Milani e Rodrigo Torres, o Prêmio Canal Brasil elegeu como melhor curta “Diamante, o Bailarina” (SP), de Pedro Jorge.
Com o objetivo estimular a nova geração de cineastas, o Canal Brasil oferece, nos principais festivais de cinema do país, um troféu e R$ 15 mil para o melhor filme de curta-metragem, que também é exibido em sua grade de programação.