O tempo do PSDB no plenário do Senado foi concedido nesta terça-feira (4) a Aécio Neves (MG), que voltou à Casa após ficar afastado do mandato por mais de um mês por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

O tucano é investigado por causa da delação da JBS e usou o pronunciamento para criticar o acordo, que prevê multa, mas não prisão aos donos e aos executivos da empresa. “Fui, sim, vítima de uma armadilha engendrada e executada por um criminoso confesso de mais de 200 crimes, cujas penas somadas ultrapassariam mais de 2 mil anos de cadeia”, disse, alegando inocência.

LEIA TAMBÉM » Aécio retoma mandato e chega ao Senado para reunião de partido » De volta ao Senado, Aécio deve articular apoio a Temer » Marco Aurélio: Aécio tem ‘fortes elos com o Brasil’ e ‘carreira elogiável’ “Procurei, sim, esse cidadão cuja face delinquente o Brasil ainda não conhecia e, por meio de minha irmã (Andrea Neves, que está em prisão domiciliar), reitero, ofereci a ele a compra de um apartamento de propriedade de minha família e que já havia sido oferecido a pelo menos outros quatro empresários brasileiros”, disse, admitindo que se encontrou com Joesley Batista. “Foi desse cidadão, já em suas tratativas da delação, cujos benefícios, senhoras e senhores, assombram e enchem de indignação a maior parte dos brasileiros, a iniciativa de propor um empréstimo que seria devidamente regularizado e pago, não fosse outra a intenção do criminoso.

Não houve, ressalto, envolvimento de dinheiro público e muito menos qualquer contrapartida, como as próprias gravações demonstram como e ficará cabalmente provado perante a Justiça”, afirmou ainda o senador.

Ouça o discurso de Aécio Neves