O post enigmático do senador Humberto Costa, do PT, afirmando que só os entendedores entenderiam, ao lado de uma foto com Lula e Marília Arraes, no Instituto Lula, tinha endereço certo.
Era o também senador Armando Monteiro Neto, do PTB, que esperava contar com o apoio do ex-presidente Lula em mais uma disputa eleitoral ao governo do Estado.
Conforme informou o Blog de Jamildo, no dia 12 de abril passado, a vereadora do Recife estava se movimentando de olho em 2018 e chegou a realizar uma pesquisa de opinião para ver o nível de aceitação de seu nome para a disputa estadual. “A jararaca (Lula) está animada.
Quer ver o resultado das pesquisas e decidir o que é melhor para ele, para variar.
Com todo mundo japonês (envolvido em denuncias de corrupção), Lula sobrevive.
E vai botar candidato aqui.
Ou Marília ou Armando”, informou uma fonte do blog.
Desde a semana passada, o nome do senador do PTB, aliado nas eleições passadas, começou a ser atacado no trios elétricos das centrais sindicais.
Os sindicatos são correias de transmissão do PT.
Para entender melhor ainda a saia justa, vale a pena ler a coluna de hoje de Giovanni Sandes, depois da entrevista de Monteiro Neto a Geraldo Freire, na Rádio Jornal.
Da coluna Pinga Fogo O senador Armando Monteiro (PTB) reafirma que mantém o diálogo com o PT e o ex-presidente Lula.
Mas não esconde que está incomodado com o senador Humberto Costa (PT), líder da oposição.
O petista tem listado Armando entre os senadores que, afirma Humberto, “votaram contra os trabalhadores” – por apoiarem a reforma trabalhista.
Ontem Armando classificou as críticas feitas pelo petista como uma “infantilidade” que seria movida pelo “cálculo político” – porque é fácil ser contra tudo que venha do impopular governo Michel Temer (PMDB).
Armando já foi o presidente da Confederação Nacional da Indústria e sempre defendeu reforma na legislação trabalhista – inclusive nos governos Lula e Dilma Rousseff (PT), de quem foi ministro.
Mas, mesmo após votar contra o impeachment, se vê obrigado a justificar o apoio à reforma em função justamente do PT e de Humberto.
Armando trata a crítica como superficial.
Diz que reflete o clima de maniqueísmo e intolerância instalado no País.
O petebista e o PT foram aliados em 2014 e 2016.
Armando, após sinalizar para eventual aliança com PSDB e DEM em 2018, mantém o partido petista na esfera do diálogo.
Ele só não consegue esconder o forte incômodo com as críticas.