Possível candidata do PT ao Governo de Pernambuco nas eleições de 2018, a vereadora Marília Arraes foi a São Paulo nessa segunda-feira (3) para encontro com o ex-presidente Lula, líder nacional do partido. “Entendedores entenderão”, escreveu no Facebook o senador Humberto Costa, que também estava na reunião.

O parlamentar petista ainda afirmou que o assunto foi “o futuro de Pernambuco e do Brasil”. “Só posso dizer a vocês que foi uma conversa muuuuuito animadora”, concluiu.

Após duas eleições sem lançar candidatos ao cargo - em 2010 estava na chapa de Eduardo Campos, primo de Marília com quem ela rompeu em 2014, e em 2014 com Armando Monteiro -, o Partido dos Trabalhadores tem defendido ter um nome próprio para a disputa.

Lula articula a própria candidatura à presidência novamente.

Em entrevista ao Jornal do Commercio há dois meses, Marília Arraes afirmou que construção vai depender da conjuntura nacional. “A gente está vivendo um momento de instabilidade política muito grande, mas o que é importante para o PT no momento é que a gente honre o que nós representamos.

Então a gente precisa ou ter candidatura própria ou apoiar um candidato que de fato defenda tudo isso que nós estamos aqui hoje para defender”, disse em abril.

Uma fonte do blog afirmou que ela teria contratado pesquisas de opinião para saber a aceitação do seu nome.

A petista é nova no PT.

Após deixar o PSB, partido que foi presidido pelo avô Miguel Arraes por uma briga política com Eduardo Campos, migrou para a legenda em fevereiro do ano passado e teve a ficha abonada por Lula.

Devido ao pouco tempo de Marília Arraes na sigla, outros nomes cogitados são os do ex-prefeito do Recife João Paulo, que foi para o segundo turno na disputa pela PCR no ano passado, mas perdeu para Geraldo Julio (PSB), e da deputada estadual Teresa Leitão, ficou em quinto em Olinda, com 5,94% dos votos.

Desde o ano passado, Armando Monteiro tem se aproximado do PSDB e do DEM, expulsos do governo Paulo Câmara por terem candidatos no Recife contrários a Geraldo Julio.

O petebista também tem apoiado reformas do governo Michel Temer (PMDB).

Essas movimentações têm afastado a aliança e, nas últimas semanas, os socialistas chegaram a afagar os petistas, que negam uma reaproximação.