Com dez projetos do prefeito Geraldo Julio (PSB) colocados na pauta de votação da Câmara do Recife nesta segunda-feira (3), vereadores reclamaram.

Os parlamentares criticaram o alto número de matérias e o horário em que elas foram incluídas, no início da tarde. “É um absurdo descobrirmos que serão dez projetos, alguns deles muito relevantes, duas horas antes da reunião plenária começar”, atacou Jayme Asfora (PMDB). “É difícil entender o porquê de esses projetos entrarem em pauta faltando duas horas para começar a reunião”, concordou Jairo Britto (PT).

LEIA TAMBÉM » Por 29 a três, mudança na Previdência do Recife passa na Câmara » Sob protestos, base de Geraldo Julio aprova reajuste de parte dos professores Os projetos que entram para análise são definidos pelo presidente da Casa, Eduardo Marques (PSB). “É prerrogativa do presidente fazer a pauta da ordem do dia.

Eu determinei a colocação dos projetos na pauta porque asseguravam aos servidores desta Casa e do município diversos direitos.

Fiz isso de forma tranquila e regimental”, afirmou o socialista.

Marques citou o que amplia a licença paternidade e o que institui um horário especial de trabalho para servidores com deficiência.

Entre os projetos aprovados está ainda a mudança na Previdência municipal, que migrará os beneficiários de um fundo, o Recifin, para o outro, o Reciprev.

Além dela, o reajuste salarial de uma parte dos professores - 85 deles -, votado sob protestos da categoria.

Foto: Sérgio Gaspar/Cortesia As propostas fazem parte de um pacote de 34 projetos enviados por Geraldo Julio a três semanas do recesso, que começa na próxima sexta-feira (7), e também alvo de críticas de Jayme Asfora. “A sociedade não pode opinar.

Esta é uma Casa que tem que escutar o povo.

O poder Executivo, do dia 1º de fevereiro ao dia 11 de junho de 2017 mandou três projetos de lei à Câmara.

No dia 12 de junho, mandou 33 de uma só vez.

Esta Casa tem que demonstrar que é um poder”, disse.

A tramitação dos projetos ainda recebeu reclamações de Ivan Moraes (PSOL), que criticou tanto a quantidade de projetos em votação quanto o horário em que foi divulgada a ordem do dia. “A ordem saiu às 13h e com vários projetos a serem votados.

A democracia hoje está sendo prejudicada.

O município não estaria perdendo nada se estivéssemos discutindo melhor esses projetos”, afirmou.