A denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva já está tramitando na Câmara dos Deputados, que determinará se o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá ou não investigar o peemedebista pelo crime apontado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A análise começa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável por receber as alegações de Temer e elaborar um relatório sobre as acusações.
Depois disso, o caso vai a plenário, onde são necessários os votos de 342 parlamentares, ou seja, dois terços dos membros da Casa.
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Tadeu Alencar (PSB), crítico das reformas do governo, já anunciou que deve votar a favor do prosseguimento da denúncia.
Já Betinho Gomes (PSDB) sinalizou a posição favorável, mas disse que só vai oficializar depois de ter acesso a todos os elementos do processo e aos argumentos de Temer, prevista para ser entregue na próxima quarta-feira (5).
Saiba como devem votar os outros pernambucanos Janot baseia suas acusações no áudio de uma conversa com Temer gravado às escondidas pelo empresário Joesley Batista, da JBS, que fez acordo de delação premiada.
Isso resultou em uma operação em que o ex-assessor do presidente Rodrigo Rocha Loures, também ex-deputado pelo PMDB, foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil por, supostamente, ter intercedido a favor da empresa.
Janot suspeita que o dinheiro, mais outros R$ 38 milhões prometidos por Batista, foi, de fato, destinado a Temer.
O presidente se diz inocente.