Com informações da Agência Brasil e da Folha de S.
Paulo O ex-ministro do governo Michel Temer (PMDB) Geddel Vieira Lima foi preso pela Polícia Federal nesta segunda-feira (3), na Bahia, de acordo com o jornal Folha de S.
Paulo.
O mandado de prisão preventiva, ou seja, sem tempo determinado de duração, foi assinado pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o político baiano estaria tentando obstruir a investigação de supostas irregularidades na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal.
A prisão foi pedida pela PF e pelos integrantes da força-tarefa da Operação Greenfield, a partir de informações fornecidas em depoimentos do doleiro Lúcio Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva, sendo os dois últimos em acordo de colaboração premiada.
LEIA TAMBÉM » Janot cita Geddel, Moreira Franco e Padilha e pede para usar provas em inquérito contra ministros » Ex-ministro, Geddel mantém influência na gestão Temer » Delação de empresário implica Geddel Um mês depois de ter saído do primeiro escalão do governo, em janeiro, o peemedebista foi alvo da operação Cui Bono?.
A ação investigou suspeita de fraude na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal para empresas entre 2011 e 2013, tendo, entre os alvos, Geddel Vieira Lima, ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco.
O esquema envolveria a liberação de recursos da Caixa para as companhias por meio de direcionamento político, com participação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em troca de pagamento de propina. » Ex-ministro Geddel Vieira é alvo da PF em operação contra fraude na Caixa » Operação da PF mira também deputado do PMDB irmão de Geddel Geddel ainda foi citado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Michel Temer, por corrupção passiva.
Ele é apontado como homem de confiança de Temer “no trato de negócios escusos”.
Além de Geddel, estão presos outros homens fortes do PMDB como o próprio Cunha e o também ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (RN). » Saída de Geddel foi articulada para salvar o governo » “A partir de hoje sou babá”, diz Geddel » Para Jarbas, episódio de Geddel serve de lição ao governo Temer Geddel foi ministro da Secretaria de Governo, pasta responsável por questões estratégicas, como liberação de recursos para emendas parlamentares, divisão de cargos entre os integrantes da base aliada e articulação de votações de projetos de interesse do Planalto no Congresso.
Geddel foi acusado por Calero de tentar interferir na aprovação de projeto em Salvador (Foto: Marcelo Camargo/ABr) O peemdebista ficou no cargo até novembro do ano passado, quando, denunciado pelo então ministro da Cultura, Marcelo Calero, se envolveu em uma crise política que o obrigou a renunciar para salvar o governo.
Calero disse que foi pressionado por Geddel para conseguir a liberação de um empreendimento imobiliário em Salvador, cujas obras estavam embargadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Geddel admitiu que tem um apartamento neste empreendimento.
Segundo Calero, a questão do obra embargada e do pedido de Geddel foi discutida também com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o próprio Temer.