Antes de deixar o cargo de secretário de Defesa Social, Angelo Fernandes Gioia deixou assinadas portarias punindo policiais, entre eles o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros, que foi suspenso por 30 dias.
O salário do período será descontado da folha de pagamento.
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Gioia sai e entra corregedor O motivo, segundo o documento, foram críticas ao governador Paulo Câmara (PSB).
O estatuto da categoria proíbe os profissionais de “referir-se, desrespeitosa e depreciativamente às autoridades e atos da administração pública em geral”.
Cisneiros criticou a decisão. “Essas perseguições são uma tentativa de calar o Sinpol, mas não vamos permitir essa tentativa de amordaçar o movimento sindical dos policiais civis. É uma afronta o que o Governo de Pernambuco está fazendo com o movimento sindical aqui no Estado.
A luta por uma segurança pública melhor continua”, disse. » Sindicato dos Policiais Civis diz que Gioia “já vai tarde” » Oposição a Paulo Câmara diz que troca de secretário não resolve violência A portaria em que Cisneiros é punido foi assinada por Gioia na última quinta-feira (29), último dia de trabalho dele.
O novo secretário, Antônio de Pádua, tomou posse na sexta-feira (30).
Questionado em entrevista à Rádio Jornal se as punições aos policiais seria uma postura autoritária, Paulo Câmara rebateu: “Não tem autoritarismo, o que há é a lei”.