Com informações de Paulo Veras, do Jornal do Commercio Filiado ao PSOL, o ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago é um dos políticos no ato realizado na Praça do Derby, na área central do Recife, contra o governo Michel Temer (PMDB) e as reformas trabalhista e da Previdência, nesta sexta-feira (30).

Com a baixa adesão nesse protesto, comparando-o ao da greve geral do dia 28 de abril, o ex-parlamentar previu que as manifestações devem ser ampliadas nas próximas semanas, com a tramitação da denúncia contra o peemedebista, acusado de corrupção passiva pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

LEIA TAMBÉM » Grande Recife amanhece sob protestos contra reformas de Temer “Você não pode ter um presidente que sequer foi eleito sendo denunciado pela primeira vez na história por diversos crimes comprovados pelas investigações do Ministério Público e da polícia”, disse, avaliando que Temer deve ser denunciado também na investigação por obstrução de Justiça, outra desencadeada por causa das delações da JBS. “Vai ficar muito claro que o atual presidente da República é líder de uma organização criminosa.

Há uma tendência não só de sindicalistas, trabalhadores, mas de classes médias e setores de opinião também voltarem às ruas exigindo o afastamento e por eleições diretas.

Se é para se decidir, que se tome com a vontade popular.

Se o povo vota, ele erra, acerta, mas não se pode obstruir a vontade popular.” Foto: Paulo Veras/JC - Foto: Paulo Veras/JC Foto: Paulo Veras/JC - Foto: Paulo Veras/JC Foto: Paulo Veras/JC - Foto: Paulo Veras/JC Foto: Paulo Veras/JC - Foto: Paulo Veras/JC Paulo Rubem Santiago, ex-PDT e ex-PT, também criticou as centrais sindicais para a adesão menos a essa manifestação.

Para ele, houve uma desmobilização durante os governos dos petistas Lula e Dilma Rousseff. “Acho que houve um processo progressivo de desmobilização, um afastamento inaceitável do debate dos grandes temas econômicos, principalmente aqueles que implicam no emprego, no crescimento, na retomada do papel do Estado para financiar o crescimento econômico”, disse. “E isso custa muito à retomada dessa mobilização.

Quando chega nesse momento, o nível de entendimento e de acordo entre as centrais fica bastante comprometido”, justificou. #GreveGeral Com sanfona e forró, sindicatos dançam quadrilha na Praça do Derby, no Recife pic.twitter.com/pKnPb7oYBB — Jornal do Commercio (@jc_pe) 30 de junho de 2017 O ex-deputado ainda defendeu que as reformas do governo Temer, apresentadas como soluções para a crise econômica, não respondem ao desemprego e ao desequilíbrio fiscal. “A maior causa do desequilíbrio fiscal não é o gasto público com o trabalhador, a saúde e a educação. É o gasto com dívida pública.

Enquanto o Brasil não equacionar de forma transparente a política monetária e os mecanismos de combate a inflação, vai se continuar usando taxa de juros, aumentando a dívida pública, o que impõe ao Tesouro Nacional uma carga muito grande.”