Estadão Conteúdo - O PMDB indicou seu vice-líder de bancada, deputado Carlos Marun (MS), para uma das vagas de suplente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), colegiado que vai analisar a admissibilidade da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer.

Marun é um dos membros da “tropa de choque” do governo na Câmara.

A mudança ocorre após a mudança do deputado Valtenir Pereira (MT) para o PSB.

Valtenir era do PMDB e a bancada reivindicou a vaga na comissão.

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Ao mesmo tempo, os governistas trabalham para garantir que a maioria dos 66 membros da comissão vote contra o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). » Molon quer que Janot vá à Câmara explicar denúncia contra Temer » Deputado notifica Temer sobre denúncia e diz que cumpre papel com tristeza » Defesa de Temer pede que juiz reveja queixa-crime contra Joesley A denúncia contra Temer chegou na quinta-feira (29) na Câmara e o presidente da República tem 10 sessões plenárias para apresentar sua defesa.

O prazo começaria a contar nesta sexta-feira se tivesse acontecido a sessão plenária programada para esta manhã.

Apenas um parlamentar compareceu e, como o quórum mínimo é de 51 presentes, não houve sessão.

O único deputado presente nesta sexta-feira foi Celso Jacob (PMDB-RJ).

Condenado por falsificação de documento público e dispensa indevida de licitação para construção, em 2002, de uma creche em Três Rios, no Rio de Janeiro, Jacob exerce o mandato durante o dia na Câmara e à noite retorna à prisão para dormir.

A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o deputado a uma pena de 7 anos e 2 meses de prisão.