Estadão Conteúdo - Com a frustração de receitas e a dificuldade de cumprir a meta fiscal deste ano, o governo suspendeu o reajuste do Bolsa Família acima da inflação previsto para entrar em vigor em julho O Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo pagamento do benefício, informou que o Bolsa Família não será reajustado neste momento.
Originalmente, a ideia era dar aumento de 4,6% no benefício, acima da inflação oficial acumulada em 3,6% nos últimos 12 meses.
Segundo apurou a reportagem, além da escassez de recursos, uma ala do governo considerou que a crise política “esconderia” o anúncio do aumento.
A média do Bolsa Família é de R$ 182 por família.
LEIA TAMBÉM » Bolsa Família terá reajuste acima da inflação » Cresce no País número de municípios que dependem mais do Bolsa Família » Pente-fino flagra oito mil servidores federais entre beneficiários do Bolsa Família » Dilma diz que Michel Temer quer “desmerecer o Bolsa Família” Em maio, o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o reajuste sairia em julho, dentro de um grande pacote de bondades do governo Temer. “Vai ter reajuste em julho acima da inflação. É uma decisão.
Tem que ver quanto vai ser a inflação em 12 meses para a gente poder fixar o valor”, disse.
Na época, o ministro informou que o programa contava com orçamento de R$ 30 bilhões e que a cifra já previa o dinheiro para bancar o reajuste.
A área econômica, no entanto, dissuadiu o presidente a reajustar o benefício em meio às discussões de medidas para conter os gastos e aumentar as receitas, inclusive com a possibilidade cada vez maior de aumento de impostos para cumprir a meta de déficit de R$ 139 bilhões.