Agência Brasil - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator das ações da Lava Jato no Corte, mandou soltar o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), preso há mais de um mês na carceragem da Polícia Federal em Brasília.

Em troca, Loures deverá cumprir algumas medidas cautelates, como recolhimento domiciliar.

Com isso, Loures deverá permanecer em casa das 20h às 6h de segunda a sexta-feira, e durante todo o dia aos sábados, domingos e feriados.

Ele também deverá ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

LEIA TAMBÉM » Rocha Loures perde plano de saúde e terá que devolver salários de deputado » Lewandowski nega novo habeas corpus de Rocha Loures » Janot cobra multa de R$ 10 milhões de Temer e R$ 2 milhões de Rocha Loures Na decisão, Fachin entendeu que Loures pode responder às acusações em liberdade porque a denúncia contra ele já foi feita ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O ex-parlamentar foi denunciado no mesmo processo com o presidente Michel Temer. » Rocha Loures disse que ia pegar ‘mala de um amigo’ na pizzaria, conta taxista » Discurso de Temer prova indicação de Loures como interlocutor de Joesley, diz PF » Rocha Loures fica em silêncio durante depoimento à Polícia Federal Além disso, Fachin entendeu que ele deve receber os mesmos benefícios de outros investigados a partir das delações da JBS, como a irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, o primo deles, Frederico Pacheco, e o ex-assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG), Mendherson Lima.

Todos ganharam direito de cumprir prisão domiciliar.

O ex-deputado foi flagrado pela PF recebendo uma mala com R$ 500 mil na Operação Patmos, investigação baseada nas informações da delação premiada dos executivos da JBS.

Quando Rocha Loures foi preso, Fachin havia atendido a um pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Segundo o procurador, a prisão de Loures era “imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal”.