Após a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovar por 16 a 9 o relatório de Romero Jucá (PMDB-RR) favorável à reforma trabalhista, o líder da Oposição na Casa, Humberto Costa (PT-PE), afirmou, nesta quinta-feira (29), estar confiante de que os apoios de Michel Temer (PMDB) irão se “desidratar”, antes que a matéria seja votada em plenário.

Leia mais: » Humberto Costa pretende se candidatar novamente ao Senado em 2018 » CCJ do Senado aprova reforma trabalhista; veja como cada senador votou “Trabalhamos durante toda a sessão, conseguimos avanços, mas não foram suficientes para garantir a maioria”, avaliou Humberto. “Agora, nos resta a batalha do plenário.

Estamos confiantes de que, até lá, esses apoios vão desidratar.

Vamos virar o jogo e enterrar essa proposta, juntamente com esse governo corrupto e nefasto para o País”, completou.

O relatório de Jucá foi aprovado sem alterações ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados.

A CCJ também aprovou o pedido de urgência para o projeto.

Se o plenário confirmar o requerimento, o texto poderá ser votado pelo Senado após duas sessões.

Em vídeo publicado em suas redes sociais nesta quinta-feira (29), o petista diz que nada está perdido. “São coisas extremamente danosas que ele [Temer] está fazendo com o povo brasileiro.

Não estamos perdidos.

Temos que continuar mobilizando pois ainda há uma última etapa no plenário e amanhã há greve geral e ela vai ser decisiva.

Se mobilizem não vão ao trabalho”, destaca.

Veja o que disse Humberto sobre a aprovação na CCJ Humberto ressalta que a matéria foi aprovada na comissão após uma ‘ostensiva manobra de cabresto e compra de votos pelo Palácio do Planalto’.

Na avaliação do líder da Oposição, o resultado demonstra que muitos parlamentares “se renderam às benesses oficiais oferecidas em troca de votos”. » Ministro do STF, Barroso critica políticos que ‘só pensam em dinheiro’ “Para agradar a Temer, esses senadores estão aprovando, por exemplo, regras que expõem as mulheres grávidas e as que amamentam a trabalhos insalubres.

Deixam que isso passe sem mexer, em prejuízo dos trabalhadores. É um absurdo”, criticou o líder da Oposição.

Aprovada na CCJ, a reforma trabalhista de Temer já havia sido aprovada, também, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), mas foi derrotada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Agora, ela segue para o plenário do Senado, onde deve ser votada na semana que vem.

Para ir à sanção presidencial, o texto precisa do voto favorável da maioria simples dos senadores.