Vice-presidente do PSB, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, falou nesta quarta-feira, 28, sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e disse que “não cabe nenhum tipo de pré-julgamento nesse momento”. “Momentos como esses são muito ruins e a gente espera que o Congresso tenha a celeridade de dar as respostas rápidas a todos nós e não podemos ter nenhum tipo de pré-julgamento, porque acho que não cabe nesse momento”, comentou.

LEIA TAMBÉM: » Após ser denunciado, Temer parte para cima de ex-assessor de Janot » Pronunciamento de Temer após denúncia vira piada nas redes sociais » Janot denuncia Temer por corrupção O governador também defendeu que o País não fique no “compasso de espera”. “Temos que aguardar os próximos passos, o Brasil está num momento muito delicado, não é de agora, mas aprofundou em 2017 e a gente espera que essa denúncia tenha celeridade no Congresso Nacional porque é muito importante ter uma definição, pois o Brasil não pode ficar no compasso de espera, a gente precisa voltar a crescer, gerar emprego e ter estabilidade institucional”, disse. » Janot cobra multa de R$ 10 milhões de Temer e R$ 2 milhões de Rocha Loures A denúncia contra Temer Foto: Lula Marques/Agência PT O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou a denúncia na segunda (26) ao Supremo Tribunal Federal.

Segundo ele, “com vontade livre e consciente”, Temer “recebeu para si, em razão de sua função”, por intermédio do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, atualmente preso, R$ 500 mil oferecidos pelo grupo J&F, ao qual pertence o frigorífico JBS, do empresário Joesley Batista. » Líderes pressionam por escolha de relator da PGR contra Temer » “A casa caiu”, diz líder da oposição após denúncia contra Temer Além disso, de acordo com a acusação, Michel Temer e Rocha Loures aceitaram ainda a promessa de vantagem indevida no montante de R$ 38 milhões para atuação em defesa dos interesses da empresa. » Leia a íntegra da denúncia de Janot contra Temer Temer fez um pronunciamento nessa terça-feira (27) no qual comentou a denúncia e se disse “vítima de infâmia de natureza política”.

O presidente cobrou “provas concretas” contra ele e disse que foi criada uma nova categoria do Código Penal: a “denúncia por ilação”.

Sobre as declarações de Temer, o governador Paulo Câmara afirma que ele deve ter ’elementos para fazer afirmações graves’. “A gente tem que respeitar o pronunciamento e as pessoas. evidentemente o presidente deve ter muitos elementos para ter feito as afirmações que são muito graves e cabe as instituições irem atrás destas informações pois o Brasil precisa de respostas para tudo que está sendo denunciado”, comentou. » Crise de Temer pode levar Paulo Câmara a desidratar espaço do PMDB na Frente popular » Com crise interna, PSB pede renúncia de Temer e ‘Diretas Já’ na TV Outro socialista que se manifestou sobre o pronunciamento de Temer foi o deputado federal Júlio Delgado. “Foi um ato desesperado.

Ele tentou desqualificar o Janot. […] Ele não respondeu nada, não apresentou nada da defesa e não quis se defender.

Ele está denunciado e agora vai pra cima do Janot como se o Janot tivesse muito preocupado com isso. É um caminho muito perigoso”.

O socialista ainda disse que a posição do partido é a mesma da dele.

Fará uma cobrança por celeridade com ‘serenidade’. “O PSB como partido já se pronunciou sobre as questões e acredita que o momento exige serenidade e rapidez e cabe respeitar.

Esperamos que tudo siga o trâmite legal, o trâmite constitucional”, concluiu. » Fernando Filho nega saída do PSB, mas continua criticando o partido O PSB conta com um ministro, que contrariou a Executiva Nacional e decidiu permanecer no Governo Temer, Fernando Bezerra Filho de Minas e Energia.

Em nota recente ele disse que ficará no cargo.