Além da condenação de 12 anos e 2 meses de prisão do ex-ministro Antônio Palocci, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, também sentenciou mais 12 envolvidos na Operação Lava Jato.
No mesmo processo, também foram condenados o ex-presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht; o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura; e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Veja a relação dos condenados por Moro: » Marcelo Odebrecht: corrupção ativa e lavagem de dinheiro (12 anos, 2 meses e 20 dias) » João Santana: lavagem de dinheiro (7 anos e 6 meses de prisão) » Mônica Moura: lavagem de dinheiro (7 anos e 6 meses de prisão) » João Vaccari Neto: corrupção passiva (6 anos de prisão » Eduardo Costa Vaz Musa: corrupção passiva (5 anos e 4 meses de prisão) » José Carlos de Medeiros Ferraz: corrupção passiva (6 anos de prisão) » Renato de Souza Duque: corrupção passiva (5 anos e 4 meses de prisão) » Hilberto Mascarenhas: lavagem de dinheiro (7 anos e 6 meses de prisão) » Fernando Migliaccio da Silva: lavagem de dinheiro (7 anos e 6 meses de prisão) » Luiz Eduardo da Rocha Soares: lavagem de dinheiro (7 anos e 6 meses de prisão) » Olivio Rodrigues da Rocha Soares: lavagem de dinheiro (7 anos e 6 meses de prisão) » Marcelo Rodrigues: lavagem de dinheiro (7anos e 6 meses de prisão) Na sentença, Moro diz que a prática de crime corrupção envolveu o pagamento de US$ 10,2 milhões, “o que é um valor bastante expressivo”.
Além disso, o crime insere-se em um contexto mais amplo, revelado nestes mesmos autos, de uma conta corrente geral da propinas com acertos de até R$ 200 milhões", diz o juiz na sentença.
Ainda na deliberação de Moro, “serviram para remunerar, sem registro, serviços prestados em campanhas eleitorais, o que representa fraude equivalente em prestações de contas eleitorais”. “A contaminação com recursos do crime do processo político democrático é o elemento mais reprovável do esquema criminoso da Petrobras”, escreveu o juiz.
O Moro também diz que a culpabilidade de Palocci é “elevada” porque ele agiu enquanto ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma, “um dos cargos mais importantes e elevados na administração pública federal”.
E que o crime “se insere em um contexto mais amplo, de uma relação espúria de anos entre o grupo Odebrecht e o condenado”.