Após o assassinato de um homem em uma caminhada da coligação União por Belo Jardim, do prefeito interino do município do Agreste pernambucano, Gilvandro Estrela (PV), o grupo entrou com uma petição junto à 45ª Zona Eleitoral pedindo a Força Nacional durante o processo eleitoral.

O documento solicita que a Justiça local articule com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) o requerimento do apoio na segurança.

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No documento, a coligação denuncia que “não houve a mínima fiscalização e acompanhamento da Policia Militar durante a caminhada”. “(O crime) Consolidou um estado de plena insegurança policial aos munícipes de Belo Jardim, inclusive no que tange a participação política no presente processo eleitoral”, afirma a petição.

Porém, a Justiça Eleitoral ainda não respondeu o pedido de Força Nacional.

A coligação afirma que não deve realizar nenhum evento de campanha de grande porte até que a segurança seja ampliada.

A eleição suplementar está marcada para o próximo domingo (2).

ENTREVISTAS » Em campanha, prefeito interino de Belo Jardim promete 60 vagas para guardas » Vice de prefeito cassado é candidato à prefeitura em Belo Jardim e diz que aliado não atrapalha campanha » Aliado de Armando, candidato em Belo Jardim quer atrair empresas para o município O assassinato foi durante uma caminhada na noite da última quinta-feira (22) em que o ministro da Educação, Mendonça Filho, que apoia Estrela - o vice dele é Pitomba da Lotação, do DEM -, estava presente no local.

A vítima, conhecida como Piu Piu, foi morta a golpes de faca por volta das 22h, cerca de meia hora depois de uma briga em que a própria equipe de campanha teria conseguido apreender facas e estiletes.

A disputa eleitoral é acirrada no município.

Em 2016, uma carreata de motos do então prefeito candidato à reeleição João Mendonça (PSB) terminou com outro assassinato também a facadas.

A eleição suplementar acontece porque, condenado por improbidade administrativa, o socialista teve o registro cassado pelo pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio, depois de cinco meses no poder.

João Mendonça concorreu no ano passado à reeleição sub judice, ou seja, podendo ser impugnado pela Justiça Eleitoral, caso semelhante ao de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, que só conseguiu eleger a prefeita em abril.

Porém, logo após as eleições, uma liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes permitiu a posse do socialista.

Agora, três nomes concorrem à vaga: além de Gilvandro Estrela, Hélio dos Terrenos (PTB) e Luis Carlos (PSB).