O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu ao jornal Folha de S.
Paulo que a equipe econômica do governo Michel Temer (PMDB) está discutindo e elaborando estudos para reter parte do FGTS, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, de trabalhadores que forem demitidos sem justa causa para economizar no seguro-desemprego.
Com a medida, segundo o jornal, o saque da conta do FGTS e a multa de 40% previstos não seriam liberados e o pagamento seria parcelado em três meses.
LEIA TAMBÉM » Congresso promulga lei que garante saque das contas inativas do FGTS » Mães podem ganhar direito a sacar FGTS no nascimento de filho » Temer quer eliminar multa do FGTS por demissão sem justa causa Só depois desse período - em que os valores mensais seriam correspondentes ao último salário antes da demissão -, o trabalhador poderia solicitar o seguro-desemprego caso não conseguisse outra vaga.
Também apenas após três meses poderia retirar o restante do FGTS.
Hoje, o fundo pode ser sacado por qualquer pessoa que tenha sido demitida sem justa causa.
Além de admitir a polêmica eventual medida sobre o FGTS, Meirelles voltou a afirmar à Folha de S.
Paulo que pode haver uma alta de impostos para compensar a queda na arrecadação. “Se for necessário, fazemos, sim, um aumento”, disse ao jornal.
Apesar disso, o ministro enfatizou que não está no radar do governo a alta nos tributos.