O PSB vai exibir nesta quinta-feira (22), às 20h30, seu programa partidário em cadeia nacional de rádio e televisão.

No vídeo de 10 minutos, a legenda pede a renúncia do presidente Michel Temer (PMDB) e defende a realização de eleição direta no País.

O programa será exibido no momento em que o partido está em conflito interno, já que existe a divisão entre os que apoiam o governo do peemedebista e os que são contrários à aliança.

De um lado está a ala do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que faz oposição junto a integrantes da bancada socialista como Tadeu Alencar e Danilo Cabral, aliados do governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

Durante a tramitação da reforma trabalhista na Câmara, esse grupo levou o partido a fechar questão contra as propostas de Temer.

Do outro está ala do senador Fernando Bezerra Coelho e do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, favorável às reformas. “A política brasileira enfrenta sua maior crise.

Escândalos sucessivos deixam a sociedade perplexa e descrente.

Mas a única saída é a própria política”, afirma o partido no programa, que completa 70 anos em agosto.

No programa, apesar do racha, o PSB reafirma a posição contrária às reformas trabalhista e previdenciária, seguindo a deliberação da Executiva Nacional do partido, que esteve reunida há um mês.

O grupo de FBC trabalha para a mudança do presidente e tenta fazer com que o vice-governador de São Paulo, Márcio França, seu aliado e mais favorável ao governo, assuma a vaga de Siqueira.

Embora tenha Fernando Filho no primeiro escalão, o PSB também defendeu a renúncia de Temer. “Fomos a favor das eleições diretas em 1984 para acabar com a ditadura.

Agora somos a favor das ‘Diretas Já’ para impedir que as interferências do poder econômico continuem valendo mais do que a vontade da população e ditando os rumos do país”, diz o programa. “O PSB tem lado e, em nossa visão programática, a cidadania plena é direito de todos os brasileiros.”