Estadão Conteúdo - Após debate de mais de 1h30, senadores finalmente chegaram nesta quarta-feira (21), a um acordo sobre a tramitação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A oposição conseguiu tempo para realizar audiência pública sobre o tema na próxima terça-feira (27), e ainda abriu espaço para que os votos em separado ao projeto sejam apresentados na quarta-feira (28), antes do debate e da posterior votação do relatório na CCJ.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), tentou impedir o acordo, mas a pressão da oposição acabou abrindo espaço na agenda da CCJ.

Pelo calendário acertado pelos senadores, haverá audiência pública sobre aspectos legais da reforma trabalhista na próxima terça.

LEIA TAMBÉM » Veja como votaram os senadores na reforma trabalhista na CAS do Senado » Após derrota, Temer diz que decisão sobre reforma trabalhista é no plenário » Comissão do Senado rejeita relatório da reforma trabalhista por 10 votos a 9 Há atualmente 20 requerimentos para convidar especialistas sobre a legalidade do projeto em tramitação no Senado. É possível que sejam realizadas duas audiências no mesmo dia - uma pela manhã e outra à tarde.

O calendário anterior não previa a realização de audiência nessa comissão.

No dia seguinte, a quarta-feira começará com a abertura de uma sessão extraordinária da CCJ às 9h45 para a leitura dos votos em separados ao tema - espécie de relatório alternativo ao projeto da reforma trabalhista, que pode ou não ser avaliado e votado pelos demais senadores. » Líder da oposição reconhece que não tem votos para barrar reforma trabalhista hoje Pelo acordo, senadores terão até 16 horas para apresentar os votos em separado.

Em seguida, começará o debate sobre o tema com previsão regimental de 10 minutos de fala para cada senador inscrito na sessão.

Terminada a sessão de discussão, o relatório finalmente será votado pela comissão.

Não há previsão para o momento da votação, que pode acontecer apenas à noite.