Contrários ao rezoneamento determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), servidores do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) fazem uma paralisação e um protesto em frente ao prédio do órgão, na área central do Recife, nesta segunda-feira (19).
A manifestação acontece em meio a uma visita do presidente da Corte, o ministro Gilmar Mendes, para conversar com o presidente do tribunal local, o desembargador Antônio Carlos Alves da Silva, sobre as mudanças nas zonas eleitorais.
O ministro recebeu representantes do Sintrajuf, o sindicato que representa a categoria.
Os servidores consideram que a decisão é um “ataque ao serviço público”. “Rezoneamento é apenas uma palavra bonita para mascarar o desmonte da Justiça Eleitoral”, diz o comunicado sobre o protesto no site do sindicato.
LEIA TAMBÉM » Gilmar Mendes desqualifica jurista que pediu seu impeachment: ‘uma piada ambulante’ A resolução do TSE que oficializa as mudanças foi aprovada no início do mês, quando Gilmar Mendes alegou que “o objetivo é de ajustar as distorções no quantitativo de eleitores em zonas eleitorais e racionalizar custos em um cenário de fragilidade econômica do País”.
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Em 16 capitais, devem ser extintas pelo menos 72 zonas eleitorais, o que, para a Corte, deve gerar uma economia de mais de R$ 1 milhão por mês e cerca de R$ 13 milhões ao ano.
Nessas cidades, cada zona eleitoral terá no mínimo 100 mil e no máximo 200 mil eleitores.
Três zonas serão excluídas no Recife.
Para os municípios do interior a resolução prevê que os que tiverem mais de uma zona eleitoral só poderão manter as duas unidades se o quantitativo de eleitores da cidade for maior que 70 mil em cada uma delas.
O TRE-PE ainda não tem uma lista oficial de quais serão fechadas.