Em pronunciamento nessa quarta-feira (14), o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ) criticou as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo e destacou o clima de incerteza e instabilidade com a iminência da apresentação de denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Para o senador, o mandato do presidente está ameaçado. “Uma denúncia que fala sobre organização criminosa, corrupção passiva.

E a Câmara dos Deputados vai ter que autorizar a abertura do processo contra o presidente da República.

O Brasil vai parar.

Primeiro, eu não tenho certeza de que o Temer consiga ter os 172 votos.

Não é fácil, porque o deputado sabe que vai ter um prejuízo político grande na sua base eleitoral, porque menos de 3% dos brasileiros apoiam o presidente. É a maior rejeição da história, que vai aumentar ainda depois da denúncia”, avaliou.

Para Lindbergh, a reforma da Previdência e a reforma trabalhista vão prejudicar principalmente os trabalhadores mais pobres.

Ele voltou a denunciar a anistia de R$ 10 bilhões da dívida previdenciária para latifundiários, além de R$ 24 bilhões para o “megarrefis”, que favorece grandes bancos e grandes empresas. “Com essas duas reformas, nós estamos tirando dinheiro das mãos dos pobres e isso vai ter um impacto violentíssimo na economia brasileira.

E acho, sinceramente, que nós tínhamos que parar a tramitação dessas reformas.

Não vai haver clima — um presidente denunciado — para que continuemos votando reforma trabalhista, reforma da Previdência, para tentar passar um ar de normalidade que não existe.

Nós estamos caminhando para um grande impasse político”, ressaltou.

Da Agência Senado