Município do Agreste pernambucano com cerca de 72,4 mil habitantes, Belo Jardim está sendo administrada por um prefeito interino desde maio e terá novas eleições no próximo dia 2.
Condenado por improbidade administrativa, o ex-prefeito João Mendonça (PSB) concorreu no ano passado à reeleição sub judice, ou seja, podendo ser impugnado pela Justiça Eleitoral, caso semelhante ao de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, que só conseguiu eleger a prefeita em abril.
Porém, logo após as eleições, uma liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes permitiu a posse do socialista, que ficou no poder até maio, quando o pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o seu registro.
Agora, três nomes concorrem à vaga.
Um dos postulantes é Gilvandro Estrela, do PV, que assumiu a prefeitura interinamente por ser presidente da Câmara dos Vereadores.
O outro é Hélio dos Terrenos, nome do PTB que ficou em segundo lugar no ano passado - ele recebeu 14.015, enquanto Mendonça ficou com 16.077.
O último é o vice do socialista, Luis Carlos, também do PSB.
ENTREVISTA » Vice de prefeito cassado é candidato à prefeitura em Belo Jardim e diz que aliado não atrapalha campanha » Aliado de Armando, candidato em Belo Jardim quer atrair empresas ao município » Em campanha, prefeito interino de Belo Jardim promete 600 vagas para guardas O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) fez uma reunião essa semana com as três coligações para falar sobre a propaganda nos dias antes do pleito.
Os grupos se comprometeram a orientar a militância a não jogar santinhos nas ruas por ser crime eleitoral.
Além disso, foram fechadas datas para propaganda nas ruas.
No próximo sábado (18), será a vez da coligação Belo Jardim em Boas Mãos - de Luis Carlos, formada por PR, PSB, PSDB e PSD -, que também realizará uma carreata no dia 25.
As outras duas terão os dias desse tipo de publicidade definidos pela Justiça Eleitoral.
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O objetivo é impedir o prefeito interino de realizar despesas que fiquem para o seu sucessor - ou para ele mesmo, caso seja eleito no próximo dia 2.
Ele não deve, por exemplo, iniciar novas obras, aumentar despesas com pessoal ou pagar verbas extraordinárias e controversas aos servidores e fornecedores.